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Cidades

Maiores de 60 anos se rendem às tatuagens


Antes consideradas um ato de rebeldia, as tatuagens vêm ganhando significado na pele de um público que deixa claro que essa arte não é coisa só de jovem. A presença de pessoas com mais de 60 anos nos estúdios de tatuagem tem crescido.

Os profissionais da área afirmam que não são raros os casos de idosos que se rendem aos desenhos pela primeira vez ou que já se tatuam há mais anos, e não quiseram parar mesmo com a chegada da terceira idade.

A tatuadora Iuli Callado ficou surpresa quando sua avó Lenimar pediu para ser tatuada pela primeira vez, aos 82 anos. “Por ser filha e esposa de militares, ela sempre reprovou isso”, diz Iuli. Mas o desenho tinha significado.

“Ela quis homenagear minha tia Leninha, que morreu de Covid. Ela adorava tatuagens, e minha avó pediu um símbolo do infinito com o nome dela no meio”, explica Iuli.

Imagem ilustrativa da imagem Maiores de 60 anos se rendem às tatuagens
Lenimar, 82 anos, fez sua primeira tatuagem com a neta Iuli para homenagear a filha que morreu de Covid-19 |  Foto: Acervo pessoal

Para fazer a homenagem, Lenimar decidiu se tatuar no dia que completou um ano do diagnóstico de Covid da filha, e afirma que teve que quebrar paradigmas que carregava desde a sua infância.

“Foi uma experiência incrível. Tive uma criação muito reprimida, e resolvi quebrar esse ciclo. Criei meus três filhos e três netos, e me vi na responsabilidade de abrir minha mente para a liberdade e aprender a conviver com eles”, afirmou a aposentada.

A pandemia também tem norteado a escolha de muitas pessoas. Geralmente o desenho retrata a valorização da vida ou uma homenagem a entes queridos perdidos para a Covid-19, como nome ou objetos que lembram o homenageado.

“Acredito que as pessoas estão passando por um grande momento de reflexão, olhando mais para si e ao mesmo tempo abrindo a mente para diversas coisas que antes acabavam passando despercebidas”, afirmou a tatuadora Débora Dubberstein.

“Agora, felizmente o assunto está se tornando cada vez mais comum, está sendo visto como verdadeiramente é, como arte, e essa geração começou a se permitir mais e quebrar, em alguns casos, até mesmo os próprios tabus”, revelou Débora.

A história de vida também ganha espaço, explicou o tatuador Maksuel Oliveira Cardoso. “Em geral, eles optam por eternizar um momento que passaram e foram felizes, lugares que visitarem, viagens, sentimentos e situações que mais têm valor para eles”.

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Pedro Brum fez a primeira tatuagem aos 20 anos. Aos 60, já tem mais de 20 desenhos no corpo. |  Foto: Fábio Nunes

Mais de 20 desenhos

Hoje com 60 anos, o turismólogo e guia turístico Pedro Brum fez a primeira tatuagem há 40 anos. Com mais de 20 desenhos, ele está terminando mais um. “Essa tatuagem é de um anjo, representa uma estátua que vi, na última viagem que fiz, em Roma, na Itália”, diz Pedro, que em um dos braços tem mais de 10 desenhos que remetem ao mar, relação ao seu signo de Peixes.

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Com 68 anos, Paulo Monteiro Filho homenageou família e amigos na pele |  Foto: Leone Iglesias

Homenagem a amigos e familiares

Quando o aposentado Paulo Monteiro Filho fez a primeira tatuagem, ele já tinha 54 anos, e reproduziu na pele uma medalha que seu pai deu à sua mãe. Hoje, aos 68, ele acaba de fazer homenagens para amigos e familiares. “A pandemia nos fez refletir sobre estar isolados e a importância da família e dos amigos”, diz ele, que recebeu apoio de familiares nessa decisão.

Saiba mais

Orientações

  • Procure profissionais que já estão acostumados a fazer tatuagens em idosos, e que realizam acompanhamentos do processo de cicatrização. Pelas características da pele madura, o tatuador precisa ter cuidados especiais.
  • É bom evitar tatuar lugares com manchas, visto que isso pode atrapalhar acompanhamento do dermatologista e a prevenção de tumores.
  • Locais onde a pele é mais fina, como mãos, pescoço, pulso e calcanhar requerem um cuidado especial.
  • Lugares mais flácidos podem demorar mais para cicatrizar.
  • Pessoas com histórico de queloide devem ser desaconselhadas a realizar o procedimento ou ter o acompanhamento de um dermatologista.

Pós-tatuagem

  • A pele da terceira idade, por ter menos colágeno e uma estrutura mais frágil, apresenta dificuldades de cicatrização. Isso quer dizer que o período de recuperação da tatuagem será bem maior.
  • Além dos cuidados de sempre, como pomada cicatrizante, evitar sol, piscina ou praia, e usar protetor solar, é recomendável fazer a suplementação de colágeno. A substância ajuda na cicatrização e acelera a recuperação, evitando as úlceras.
  • Outro cuidado essencial é o uso de hidratantes, que ajudarão a tatuagem a se recuperar sem quebrar ou perder a tinta.
Fonte: Tatuadores e Pesquisa A Tribuna.

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