O corpo da adolescente foi encontrado na última quarta-feira (6), enterrado em um pasto, enrolado em um lençol, em uma região conhecida como Cachoeirinha, na zona rural de Cariacica.
A mãe da estudante esteve no local e reconheceu o corpo. A adolescente estava desaparecida desde o último sábado (2), por volta do meio-dia, quando saiu da casa da família, no bairro Planalto Serrano, na Serra, para ir à casa do namorado.
O rapaz, segundo a mãe de Sulamita, mora na mesma região onde o corpo foi encontrado. Núbia contou que a menina enviou a última mensagem de texto para ela às 19h19, dizendo que estava no Terminal de Carapina, ainda na Serra. Depois, não deu mais notícias.
Por volta da meia-noite, o namorado de Sulamita entrou em contato com a família perguntando se havia notícias da adolescente. A partir daí, Núbia teve certeza de que algo ruim tinha acontecido com a filha.
“Eu falei pra ele: 'Você fez alguma coisa com a minha filha'”. Mas o namorado dizia não saber notícias da jovem.
No domingo, a família registrou ocorrência do desaparecimento na 3ª Delegacia Regional, na Serra. Na segunda, a mãe esteve na Delegacia de Pessoas Desaparecidas, no Barro Vermelho, em Vitória.
Núbia fez anúncios em redes sociais, em rádios, esteve no Departamento Médico Legal (DML), mas não teve nenhuma notícia da filha.
Na tarde de quarta, a empregada doméstica resolveu ir até o local onde o namorado da filha mora. Chegando perto da casa, Núbia encontrou policiais que informaram que uma adolescente havia sido encontrada morta em uma cova rasa.
“Comecei a gritar: 'É minha filha!' Comecei a ficar desesperada, aí quando o policial disse que ela tinha uma tatuagem em uma mão escrito 'mãe', eu falei: 'Ela tem'. Ele disse: 'Então é sua filha mesmo'. Infelizmente perdi minha filha”.
A família acredita que a adolescente foi assassinada pelo namorado. A Polícia Civil foi questionada sobre a autoria do crime, mas não informou se ele é de fato o suspeito.
Por nota, respondeu que o caso segue sob investigação da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Mulher (DHPM).
A mãe contou que a estudante Sulamita Ribeiro Cardoso era companheira e carinhosa.
“Ela não some, não desliga o telefone, sempre entrou em contato comigo. Se eu saísse primeiro, de manhã, ela ia para a escola, às 7h30, e me mandava 'bom dia', perguntava se eu estava bem. Toda vida foi desse jeito. Ela era minha amiga. Nós não tínhamos problema nenhum”, contou Núbia.
A mulher não tem dúvidas de que quem matou a adolescente foi o namorado.
Núbia afirmou que Sulamita já tinha tentado se separar do rapaz diversas vezes, mas ele não aceitava o fim do relacionamento.
“Eles namoravam há mais ou menos um ano e sempre foi assim. Ele nunca quis separar. Quando queria separar dele, ela a obrigava a ficar com ele. O único motivo dele é o ciúme. Ele não aceitava terminar”, afirmou a empregada.
Núbia disse que espera que o homem seja preso.
“Espero justiça. Ele tem que pagar. Porque tem um monte de jovem morrendo aí por causa desses caras vagabundos”, desabafou.