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Entretenimento

Livros de capixaba em vários idiomas


Imagem ilustrativa da imagem Livros de capixaba em vários idiomas
Isa Colli: “O Espírito Santo está presente em toda a minha vida. Sou apaixonada pelo Estado” |  Foto: Divulgação

Há várias razões que impulsionam alguém a escrever. A capixaba Isa Colli, 52, não é uma exceção. Para ela, a literatura funciona como o caminho mais curto para educar os mais jovens. Tudo isso no aguardo de que o mundo se torne um lugar melhor.

“Escrevo para crianças a fim de educá-las. O meu projeto é deixar um mundo melhor para os meus netos. E só poderei fazer isso deixando um legado para as crianças agora”, explica, ao AT2, a autora que já publicou mais de 30 títulos.

Nascida em Presidente Kennedy, cidade localizada no Sul do Estado, a escritora, que também é jornalista, escreveu o seu primeiro livro quando tinha apenas 13 anos.

“Ele se chama 'Árvore Dourada' e foi lançado em 2013 e, depois, foi relançado em 2019. Para relançá-lo, fiz algumas alterações no texto”, admite a escritora, que vive há sete anos em Bruxelas, na Bélgica.

Para ela, mesmo estando do outro lado do Oceano Atlântico, a terra capixaba sempre a acompanha. Até mesmo nos livros que publica.

“O Espírito Santo está presente em toda a minha vida. Sou apaixonada pelo Estado. Faço questão de levar o nome dele e da minha cidade porque tem gente que nunca ouviu falar de Presidente Kennedy. E eu nasci no interior do interior do município. É um orgulho ter nascido capixaba”, salienta Isa, que acabou de lançar um novo título.

Trata-se de “Tâmaras e Quibes”, que tem como tema central a imigração, o respeito às diferenças e lições básicas dos valores dos estudos, trabalho e do empreendedorismo. Lançado no fim do ano passado, a obra acabou de ganhar tradução para o inglês e deve ser lançado no mercado editorial árabe.

Ainda neste mês, outra novidade: Isa lança no dia 21 o livro “Luke, o macaco atleta” em francês. O título conta a aventura de um macaquinho que mantém hábitos de alimentação saudáveis e pratica atividades físicas todos os dias.

Com tantas obras sendo lançadas em outros idiomas, a capixaba desmistifica a ideia de que o interesse das crianças são diferentes dependendo do país onde vivem.

“Criança é igual em qualquer lugar. Na condição de escritora, escrevo sobre todos os temas e publico outros autores que escrevem da mesma forma”, justifica a também criadora da editora Colli Books.


"Sou uma leitora voraz"


Imagem ilustrativa da imagem Livros de capixaba em vários idiomas
Isa: livros para crianças |  Foto: Divulgação
AT2 - Tem mais de 30 livros publicados até hoje. Como a literatura entrou na sua vida?
Isa Colli - Não é segredo que iniciei muito cedo. Comecei a escrever em diários que meu pai me presenteou quando tinha 12 anos. Escrevia textos particulares, poesias, aqueles sentimentos e sensibilidades de um pré-adolescente.

Sempre foi escritora...
A escrita sempre esteve presente na minha vida. Mas nem sempre fui escritora. Eu me dediquei à carreira de escritora em 2011, quando lancei o primeiro livro depois que deixei o jornalismo.

De que maneira a literatura contribuiu, não apenas intelectualmente, mas também para a sua formação como pessoa?
A literatura muda a vida de todas as pessoas. Ela tem essa função. É através dela que somos educados. Tudo o que sou, agradeço à literatura. A minha mãe, uma pessoa de pouca leitura, mas desde que eu era pequena ela sempre contou histórias. Ela sempre comprou muitos livros para que eu e meus irmãos pudéssemos ter contato com a cultura.

Posso dizer que, tudo o que eu sou, a formação do meu caráter, a formação profissional, foi construído a partir da literatura. Sou uma leitora voraz e sempre fui. Eu lia muitos romances naquela época, tipo “Júlia”. Eram romances bem adocicados, que falavam da Grécia e Europa. E hoje vivo nesses cenários. 

Disse que sua mãe contava histórias para você. Ela influenciou na sua forma de narrar?
Muito. Ela é personagem do cenário de toda a minha vida, como minha mãe, e como cenário literário. Ela é uma pessoa de pouca leitura, ela tinha até o quinto ano. Mas sempre foi de muita leitura. 

Eu, por exemplo, não tenho o talento dela para contar história. Além de contadora, ela tocava gaita. Ela misturava música com contação. Aquilo era mágico para uma criança como eu. Não tenho esse dom. Até arranho no violão, mas sou muito sem talento pra isso. 

Ao longo dos seus 52 anos, passou três vezes pelo câncer. Essas situações mudaram sua maneira de enxergar a vida?
Hoje sou uma pessoa muito diferente. Porque quando você vence doenças, você muda completamente sua visão de mundo. Você fica um pouco utópico. E você quer que as outras pessoas entendam que a vida é curta e que temos que aproveitar cada minuto. A vida é apenas um curto espaço de tempo entre o nascer e o morrer. Temos que aproveitar esse curto espaço de tempo plenamente. 

Escrever para crianças e jovens te dá quais oportunidades?
Todos os meus livros trazem uma lição. Escrevo para educar. Escrevo livros com temas atuais, transversais, difíceis de serem introduzidos nas escolas, mas eu escrevo de uma forma de fácil leitura. Já escrever para o adulto e mudar um adulto é muito difícil. A criança é aberta às mudanças, mais sensível. O meu projeto é deixar o mundo melhor para os meus netos.

Todos os temas são possíveis de serem abordados na literatura para crianças e jovens?
Todos os assuntos podem ser abordados em livros para as crianças sem chocar. O que é necessário é que você fale a linguagem da criança. E sem menosprezar o intelecto dela, porque a criança é inteligente.

E eu escrevo para crianças inteligentes. E todas elas são inteligentes. Em meus livros, eu falo sobre amizade, divórcio, valores morais, sexualidade... São muitos os temas que eu faço e que não chocam.

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