Justiça cancela candidatura na Serra
A juíza eleitoral Gladys Henriques Pinheiro impugnou a candidatura do delegado federal Márcio Greik à Prefeitura da Serra. A ação partiu do próprio partido de Greik, o MDB, que vive uma crise interna, ainda mais deflagrada com essa decisão judicial.
O MDB não registrou, oficialmente em convenção, a candidatura de Greik à prefeitura. Ele, no entanto, fez um pedido de forma individual. Greik alega que não houve uma discussão em torno do nome proposto para o pleito.
A mesma coisa aconteceu com o MDB em Vitória, com a candidatura do advogado Fábio Louzada. Na capital, o diretório quis coligar com o Republicanos, ao passo que Fábio registrou sua candidatura de forma individual, mesmo assim.
Em sua decisão no caso de Greik, a juíza diz que “verifica-se na ata de convenção, apresentada pelo partido, que o candidato não fora escolhido para concorrer à eleição majoritária”.
“Observa-se, ainda, na ata complementar acostada aos autos, que ficou decidido pela Comissão Executiva Municipal do MDB, que a agremiação partidária na Serra não lançaria candidaturas próprias aos cargos majoritários, com o objetivo de fortalecer as candidaturas proporcionais”, continuou.
Segundo a magistrada, a Constituição assegura aos partidos políticos “autonomia para definir sua estrutura interna e estabelecer regras” para adotar os critérios de escolha e “o regime de suas coligações nas eleições majoritárias.”
O advogado de Greik no caso é o ex-vereador Sebastião Pelaes (MDB), que duela, internamente no partido, com a ala mais simpática ao ex-deputado federal Lelo Coimbra. O advogado do MDB no caso é o mesmo de Lelo em outros processos judiciais.
Procurado na condição de defesa de Greik, Pelaes disse que vai recorrer da decisão.
Pelaes afirmou ainda houve interferência nas conversas que já estavam azeitadas entre Greik e a executiva municipal. Advogado do MDB, Sirlei de Almeida rebate que há diretriz do MDB Nacional que prevê consenso entre os interventores e as executivas municipais.
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