Jovem que foi internada com paralisia rara na gravidez viraliza com ensaio emocionante
"Eu quero ver minha esposa voltar a andar, a falar, para a gente criar nossos filhos. Estávamos cheios de planos, de conseguir nosso carro, ser feliz. Não vou desistir disso".
Este é o desejo de Weverton Pereira da Silva, de 29 anos, marido da Érika Cléia Soares, de 25, que deu à luz sua segunda filha no dia 6 de setembro, quando completava cinco meses de internação em um hospital público de Belo Horizonte. Durante a gravidez, ela foi acometida por uma doença inflamatória rara que afeta o sistema nervoso central.
Sua história viralizou nas redes sociais e ficou conhecida em todo o país na semana passada, quando a pequena Maria Cecília, de 16 dias, voltou ao hospital para ver a mãe, que ainda segue internada (veja vídeo acima).
"Ela não consegue carregar a filha, minha mulher não fala, não se mexe, colocamos a bebê em seu colo e ela chorou. Deve ser difícil demais para uma mãe passar por isso", disse Silva.
Érika estava grávida de 15 semanas quando, durante o jantar, os sintomas da paralisia começaram a aparecer. O casal tem outro filho, Arthur Bernardo Soares Silva, de 6 anos.
"Quando ela voltou do serviço à noite, após o jantar, ela deitou na cama, perguntei o que havia acontecido, ela estava nervosa, estranha, aí mais tarde, ela estava com visão turva, perdendo as forças, fomos para o hospital. Parecia um AVC, só depois ela foi diagnosticada com encefalomielite disseminada aguda, ADEM", explicou o marido de Érika, que é porteiro.
A ADEM é uma doença inflamatória rara que atinge o sistema nervoso central. A maior parte dos casos é provocada por infecção viral ou bacteriana. Os principais sintomas são lentidão nos movimentos, diminuição dos reflexos e paralisia dos músculos.
Weverton contou ao portal de notícias g1 que, antes disso, nunca havia ouvido falar da doença, e que se assustou quando viu sua mulher paralisada e intubada, no dia seguinte da internação.
"Ela piorou demais, teve convulsões, ficava debatendo o corpo, foi para o CTI intubada, sedada. Ela ficou dias assim e, mesmo depois da alta, ela não voltou a falar", disse.
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