Senado dos EUA aprova pacote fiscal de US$ 1,9 trilhão, que voltará à Câmara

| 06/03/2021, 19:11 19:11 h | Atualizado em 06/03/2021, 19:15

srcset="https://cdn2.tribunaonline.com.br/prod/2020-11/372x236/plebiscitos-nos-eua-legalizam-maconha-em-mais-5-estados-82556b56e02fee4b5ed556d598a8207a/ScaleUpProportional-1.webp?fallback=%2Fprod%2F2020-11%2Fplebiscitos-nos-eua-legalizam-maconha-em-mais-5-estados-82556b56e02fee4b5ed556d598a8207a.jpeg%3Fxid%3D165074&xid=165074 600w, Além da eleição presidencial, os americanos também foram às urnas para votar em 120 plebiscitos estaduais

Após sessão de mais de 27 horas, o Senado dos Estados Unidos aprovou, na tarde deste sábado (6), a legislação que prevê US$ 1,9 trilhão em estímulos fiscais para atenuar os efeitos econômicos do coronavírus.

Aprovado por 50 votos a favor e 49 contra, o pacote agora será analisado pela Câmara dos Representantes, que precisa decidir se acata as revisões impostas pelos senadores.

Caso receba o aval dos deputados, o projeto será enviado à Casa Branca, onde o presidente americano, Joe Biden, deve sancioná-lo No último final de semana, a Câmara havia aprovado a primeira versão da proposta, que teve diversas alterações ao chegar ao Senado.

As mudanças incluem a eliminação do aumento do salário mínimo a US$ 15 por hora e a redução do acréscimo no auxílio-desemprego, de US$ 400 para US$ 300.

A sessão começou na sexta-feira, pouco depois das 11h, e se estendeu até a tarde de hoje. Com maioria apertada na Casa, os democratas tiveram que se engajar em intensas negociações para evitar deserções.

O senador Joe Manchin, que ocupa o centro do partido, expressou oposição à extensão do benefício a desempregados até o final de setembro e atrasou a tramitação. Após mais de 12 horas de discussões, o parlamentar concordou em manter o seguro até a primeira semana do mesmo mês, com isenção de pagamento de impostos aos primeiros US$ 10,2 mil para famílias com renda anual de até US$ 150 mil.

O texto final não demandou voto de Minerva da vice-presidente Kamala Harris porque um senador republicano se ausentou.

Além da ajuda a desempregados, a legislação prevê ainda o pagamento de US$ 1,4 mil à maioria dos americanos, o repasse de US$ 350 bilhões a Estados e municipalidades e o financiamento do processo de distribuição de vacinas contra o coronavírus, além de outros medidas.

Ao longo da madrugada, os republicanos apresentaram uma série de emendas, com intuito de atrasar o processo. A oposição acusa a legenda governista de incluir pautas sem relação com a pandemia no projeto de alívio econômico e também critica o tamanho do pacote, que aumentará a dívida pública. No ano passado, o déficit fiscal americano chegou a US$ 3,3 trilhões, cerca de 15,2% do Produto Interno Bruto (PIB) - o maior já registrado.

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