Países da Europa retiram monumentos de espaços públicos por causa de protestos
A decisão foi tomada diante dos protestos envolvendo questões raciais que começaram depois da morte de George Floyd nos Estados Unidos e se espalharam pelo mundo nas últimas semanas.
Na Antuérpia, a decisão de remover o monumento em homenagem a Leopoldo 2º foi do Legislativo local.
Já o monumento em homenagem ao mercador Robert Milligan, que ficava em frente ao Museu das Docas de Londres, teve apoio da instituição para ser retirado. Segundo o Museu, a retirada do estátua de Milligan é em razão da sua ligação escravagista, voltado à exploração colonial.
Estátuas de Colombo viram alvos de protestos nos EUA
Após ataques contra estátuas de personalidades escravocratas e racistas no Reino Unido e na Bélgica, manifestantes se voltaram contra monumentos em homenagem a Cristóvão Colombo nos Estados Unidos.
Em Richmond, na Virgínia, uma escultura do navegante italiano foi derrubada e atirada em um lago. Outra, em Boston, foi “decapitada”.
Para os manifestantes, Colombo simboliza o genocídio dos povos americanos nativos e é símbolo da violenta colonização europeia no continente. Ele foi o primeiro europeu a chegar à América, em 1492, em missão financiada pela Espanha.
Em Boston, a polícia foi alertada da “decapitação” pouco depois da zero hora de ontem, segundo informou um porta-voz da organização.
Segundo ele, o caso está sendo investigado, e ainda não há suspeitos. Localizada em um pedestal no parque Cristóvão Colombo, no coração da cidade, a estátua, como outros monumentos do navegador espalhados pelo mundo, é alvo de manifestações há vários anos e já havia sido pichada.
O prefeito de Boston, Martin Walsh, condenou o vandalismo, mas informou que a estátua será retirada e espera uma decisão definitiva sobre seu destino.
Depois de manifestações provocadas pela morte de George Floyd, um negro, por um policial branco, em 25 de maio, o presidente dos EUA, Donald Trump, rejeitou ontem a proposta de renomear bases militares cujos nomes hoje homenageiam os comandantes confederados durante a Guerra Civil americana, de 1861 a 1895.
Os comandantes defendiam a secessão do Sul, escravista, do Norte do país, que defendia o fim da escravidão.