Países da Europa retiram monumentos de espaços públicos por causa de protestos

| 11/06/2020, 17:55 17:55 h | Atualizado em 11/06/2020, 18:19

srcset="https://cdn2.tribunaonline.com.br/prod/2020-06/372x236/robert-milligan-50c5149571d1ab0f606494e0375e7259/ScaleUpProportional-1.webp?fallback=%2Fprod%2F2020-06%2Frobert-milligan-50c5149571d1ab0f606494e0375e7259.jpeg%3Fxid%3D126662&xid=126662 600w, Estátua do mercador Robert Milligan é retirada em Londres, para não ser alvo de vandalismo
Estátuas do rei Leopoldo 2º da Bélgica, em Antuérpia, e de Robert Milligan, em Londres, foram retiradas do espaço público.

A decisão foi tomada diante dos protestos envolvendo questões raciais que começaram depois da morte de George Floyd nos Estados Unidos e se espalharam pelo mundo nas últimas semanas.

Na Antuérpia, a decisão de remover o monumento em homenagem a Leopoldo 2º foi do Legislativo local.

srcset="https://cdn2.tribunaonline.com.br/prod/2020-06/372x236/edward-colston-bde1936000bcdf0bf8d6c744344da076/ScaleUpProportional-1.webp?fallback=%2Fprod%2F2020-06%2Fedward-colston-bde1936000bcdf0bf8d6c744344da076.png%3Fxid%3D126663&xid=126663 600w, Estátua do comerciante de escravos Edward Colston é derrubada em Bristol, na Inglaterra.
Outras estátuas em homenagem ao monarca já tinham sido alvo de manifestantes na última semana. A estátua foi levada para o Museu de Esculturas ao Ar Livre da cidade de Middelheim.

Já o monumento em homenagem ao mercador Robert Milligan, que ficava em frente ao Museu das Docas de Londres, teve apoio da instituição para ser retirado. Segundo o Museu, a retirada do estátua de Milligan é em razão da sua ligação escravagista, voltado à exploração colonial.

Estátuas de Colombo viram alvos de protestos nos EUA

Após ataques contra estátuas de personalidades escravocratas e racistas no Reino Unido e na Bélgica, manifestantes se voltaram contra monumentos em homenagem a Cristóvão Colombo nos Estados Unidos.

Em Richmond, na Virgínia, uma escultura do navegante italiano foi derrubada e atirada em um lago. Outra, em Boston, foi “decapitada”.

Para os manifestantes, Colombo simboliza o genocídio dos povos americanos nativos e é símbolo da violenta colonização europeia no continente. Ele foi o primeiro europeu a chegar à América, em 1492, em missão financiada pela Espanha.

Em Boston, a polícia foi alertada da “decapitação” pouco depois da zero hora de ontem, segundo informou um porta-voz da organização.

Segundo ele, o caso está sendo investigado, e ainda não há suspeitos. Localizada em um pedestal no parque Cristóvão Colombo, no coração da cidade, a estátua, como outros monumentos do navegador espalhados pelo mundo, é alvo de manifestações há vários anos e já havia sido pichada.

O prefeito de Boston, Martin Walsh, condenou o vandalismo, mas informou que a estátua será retirada e espera uma decisão definitiva sobre seu destino.

Depois de manifestações provocadas pela morte de George Floyd, um negro, por um policial branco, em 25 de maio, o presidente dos EUA, Donald Trump, rejeitou ontem a proposta de renomear bases militares cujos nomes hoje homenageiam os comandantes confederados durante a Guerra Civil americana, de 1861 a 1895.

Os comandantes defendiam a secessão do Sul, escravista, do Norte do país, que defendia o fim da escravidão.
 

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