ONU recua, e Bolsonaro poderá abrir Assembleia-Geral mesmo sem vacina

| 17/09/2021, 14:56 14:56 h | Atualizado em 17/09/2021, 15:03

srcset="https://cdn2.tribunaonline.com.br/prod/2021-09/372x236/presidente-jair-bolsonaro-no-7-de-setembro-a77df43424df61576d77d6c2bd7f7339/ScaleUpProportional-1.webp?fallback=%2Fprod%2F2021-09%2Fpresidente-jair-bolsonaro-no-7-de-setembro-a77df43424df61576d77d6c2bd7f7339.jpeg%3Fxid%3D189161&xid=189161 600w, Presidente Jair Bolsonaro
A Organização das Nações Unidas (ONU) confirmou nesta quinta-feira (16) que não exigirá comprovante de vacinação contra a covid-19 das autoridades que estarão presentes na próxima 76ª Assembleia-Geral, marcada para começar na próxima terça (21) em Nova York.

A notícia é positiva para o presidente Jair Bolsonaro, que fará o tradicional discurso de abertura, e tem dito que vai pensar se vai se vacinar após todos os brasileiros serem imunizados.

Antes da nova orientação, o presidente da Assembleia-Geral da ONU, Abdullah Shahid, comunicou aos diplomatas do mundo todo que defende a exigência da cidade sede do evento de comprovante de vacinação contra covid-19 para liberar a entrada no plenário onde acontecerá a assembleia.

Em transmissão ao vivo pelas redes sociais na quinta-feira, Bolsonaro confirmou que viajará a Nova York e disse ainda que seu discurso será "tranquilo e objetivo". Disse também que defenderá a tese do "marco temporal".

No início do mês, a entidade demonstrou preocupação pelo modo como as pautas indígenas têm sido tratadas no Brasil. É uma tradição o presidente brasileiro ser o responsável pela abertura do evento. O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, presente na live de quinta-feira, também irá à Assembleia-Geral da ONU.

Dois episódios foram fundamentais para a mudança na orientação das Nações Unidas. O primeiro foi uma declaração da Rússia de que a exigência do documento seria discriminatória. Na sequência, o secretário-geral da ONU, António Guterres, disse que "não pode dizer a um chefe de Estado que não estiver vacinado que ele não pode entrar nas Nações Unidas".

Na quinta-feira, Shahid notificou a delegação dos países por meio de carta enviada aos 193 Estados-membros da ONU, obtida pela Reuters.

Por ser considerada território internacional, a sede da ONU não está sujeita às leis americanas, mas, em outras ocasiões, autoridades do órgão prometeram respeitar as orientações do governo local e federal de controle da pandemia.

Circulação limitada

Ainda que possa acessar a ONU sem vacina, Bolsonaro terá circulação limitada na cidade de Nova York. Desde segunda-feira (13), a prefeitura passou a fiscalizar a regra estabelecida em agosto que exige comprovante de vacinação para entrar na área fechada de bares e restaurantes, por exemplo.

Os clientes precisam comprovar que receberam ao menos a primeira dose de alguma das vacinas aprovadas nos EUA ou pela OMS. Caso contrário, só é possível realizar refeições, por exemplo, na área externa dos restaurantes.

Na última quarta, o prefeito nova iorquino, Bill de Blasio, afirmou que a cidade vai fornecer testes de covid-19 de graça e doses da vacina da Janssen, de dose única, do lado de fora da sede da ONU. Com pandemia, cirurgias eletivas têm queda de 25,9% no 1º semestre no País

SUGERIMOS PARA VOCÊ: