FBI revela plano para matar Elizabeth II
Integrante do grupo paramilitar irlandês IRA planejou o assassinato da rainha em 1983, durante uma visita à Califórnia, nos EUA
Documentos do FBI, unidade de polícia do Departamento de Justiça dos Estados Unidos, divulgados na última sexta (26) revelam que a rainha Elizabeth 2ª, que morreu em 2022, enfrentou uma ameaça de assassinato durante uma visita à Califórnia, nos EUA, em 1983.
Após a morte da monarca, em setembro do ano passado, o FBI publicou uma série de arquivos relacionados às suas visitas de Estado aos Estados Unidos.
Um dos papéis mostra como a polícia federal americana se planejou para um atentado do IRA, o Exército Republicano Irlandês Provisório, um grupo paramilitar da Irlanda.
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A ameaça de assassinato foi feita a um policial em São Francisco, segundo o documento. O agente conheceu um homem no pub irlandês que frequentava na cidade californiana, que depois telefonou para contar seu plano. Ele alertou o FBI sobre a ligação em seguida.
O policial disse que o homem estava em busca de vingança por sua filha, que “foi morta na Irlanda do Norte por uma bala de borracha”. A ameaça foi feita em 4 de fevereiro de 1983, cerca de um mês antes da visita da rainha Elizabeth II e de seu marido, o príncipe Philip, à Califórnia.
“Ele ia tentar ferir a rainha Elizabeth e faria isso jogando algum objeto da ponte Golden Gate no iate real Britannia, quando ele passasse por baixo (da ponte), ou tentaria matar a rainha Elizabeth 2ª quando ela visitasse o Parque Nacional de Yosemite”, informou o documento.
Em resposta à ameaça, o Serviço Secreto planejou “fechar as passarelas da ponte Golden Gate quando o iate se aproximasse”.
Não está claro quais medidas foram tomadas em Yosemite, mas a visita real ao parque ocorreu normalmente. Nenhum detalhe sobre prisões foi publicado pelo FBI.
Tensões
O arquivo de 102 páginas foi publicado no Vault, o site de informações do FBI, na última segunda-feira, após uma solicitação da Lei de Liberdade de Informação enviada pela mídia americana.
Muitas das visitas de estado da rainha aos Estados Unidos, incluindo a visita de 1983 à Costa Oeste, ocorreram durante tensões elevadas na Irlanda do Norte.
O primo de segundo grau da rainha, Lord Mountbatten, foi morto em um atentado do IRA na costa do condado de Sligo, na República da Irlanda, em 1979.