Ex-presidente do Afeganistão fugiu do país levando R$ 900 milhões em dinheiro

| 18/08/2021, 12:49 12:49 h | Atualizado em 18/08/2021, 13:12

srcset="https://cdn2.tribunaonline.com.br/prod/2021-08/372x236/o-ex-presidente-afegao-ashraf-ghani-1974ace284d9ea37c3e4aafb541ccf51/ScaleUpProportional-1.webp?fallback=%2Fprod%2F2021-08%2Fo-ex-presidente-afegao-ashraf-ghani-1974ace284d9ea37c3e4aafb541ccf51.jpeg%3Fxid%3D184855&xid=184855 600w, Captura de tela de Ashraf Ghani, durante um discurso na TV afegã, em 14 de agosto

O presidente deposto do Afeganistão, Ashraf Ghani, de 72 anos, fugiu do país com US$ 169 milhões em dinheiro, o que corresponde a R$ 900 milhões, em seu helicóptero. As informações são do jornal "Metro" e, ainda segundo a publicação, o ex-presidente seguiu para o Tadjiquistão, país vizinho e ex-república soviética situada ao norte.

Em uma publicação no seu Facebook, Ashraf afirmou que deixou o país, na noite do último domingo (15), porque "queria evitar derramamento de sangue", enquanto as forças do Taleban se aproximavam de Cabul, capital do Afeganistão.

Agora, de acordo com a Folhapress, o ex-presidente está em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, onde recebeu asilo por motivos humanitários. A informação foi confirmada pelo Ministério das Relações Exteriores e Cooperação Internacional dos Emirados Árabes Unidos. Segundo a pasta, a família de Ghani também se encontra no país.

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O Taleban chegou, sem resistência, a Cabul no último domingo (15), em meio a um avanço para a retomada do poder afegão. O grupo governou o Afeganistão entre 1996 e 2001, quando transformou o país em uma teocracia islâmica. No mesmo dia em que o grupo chegou a Cabul, Ashraf Ghani deixou o Afeganistão.

Antes de os Emirados Árabes Unidos confirmarem ter recebido o ex-presidente, a agência de notícias Reuters havia dito que ele havia se refugiado no Tajiquistão, o que foi negado pelo país.

A saída de Ghani possibilitou ao Talibã a oportunidade de, com ainda mais facilidade, ocupar a sede do Palácio Presidencial. Segundo um correspondente local da emissora catari Al Jazeera, havia pelo menos três funcionários do governo durante a "entrega" do palácio.

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