Empresa anuncia investimento milionário para ressuscitar mamute

| 14/09/2021, 13:59 13:59 h | Atualizado em 14/09/2021, 14:07

srcset="https://cdn2.tribunaonline.com.br/prod/2021-09/372x236/mamute-fossil-9a1018ecb9de144ff71b30515bdd6b33/ScaleUpProportional-1.webp?fallback=%2Fprod%2F2021-09%2Fmamute-fossil-9a1018ecb9de144ff71b30515bdd6b33.jpeg%3Fxid%3D188707&xid=188707 600w, Esqueleto do mamute-lanoso exposto em museu de História: experiência visa combater as mudanças climáticas

Uma empresa de biociência e genética anunciou, nesta segunda-feira (13), um investimento de R$ 78 milhões para trazer o mamute-lanoso de volta à vida. Para recriar o animal extinto há 10 mil anos, os pesquisadores planejam usar parte do genoma de elefantes asiáticos.

O gigante conhecido por suas presas invertidas e alongadas era um mamífero que se alimentava de plantas e habitava as áreas mais congelantes do globo, façanha que só era possível graças às duas camadas de pelo espesso que mantinham seu sangue quente.

O audacioso projeto que promete trazer de volta à vida criaturas da Idade do Gelo foi anunciado pela empresa americana Colossal, fundada por Ben Lamm, um empresário de tecnologia e software, e George Church, geneticista pioneiro na abordagem sobre edição de genes e professor de genética de Harvard.

Segundo eles, trazer o mamute-lanoso representa não só um grande avanço para a ciência na possibilidade de reverter o cenário de espécies extintas, mas também uma forma de combater às mudanças climáticas.
Contudo, a ideia não é fazer cópias exatas, mas sim adaptá-las utilizando parte do DNA do elefante asiático, o animal vivo que possui o maior número de genes semelhantes ao do mamute.

"Embora o mamute-lanoso não esteja vivo andando pelas tundra, o código genético do animal está quase 100% vivo nos elefantes asiáticos de hoje. Precisamente, os dois mamíferos compartilham uma composição de DNA 99,6% semelhante", defendem os cientistas.

Para isso, os pesquisadores irão criar embriões utilizando células retiradas da pele de elefantes asiáticos e, em laboratório, irão reverter os estágios dessas células até que se tornem células-tronco, que são células mais versáteis e que carregam o DNA dos mamutes.

Células específicas responsáveis pela caracterização das peles, presas, camada de gordura e outras características que fazem os mamutes adaptáveis às regiões mais frias do globo serão identificadas a partir da comparação com o genoma extraído da carcaça de mamutes recuperados no permafrost -nome dado à camada permanentemente congelada abaixo da superfície da Terra.

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