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Economia

“Infidelidade financeira é armadilha no casamento”, diz especialista


Imagem ilustrativa da imagem “Infidelidade financeira é armadilha no casamento”, diz especialista
Karine diz que os casais devem estabelecer metas |  Foto: Divulgação

Em um relacionamento, nenhum dos parceiros quer ser traído. A infidelidade é capaz de arruinar um casamento. Mas existem outros problemas que também podem colocar a relação em risco, como a falta de transparência com o dinheiro.

Apesar de não ser muito falada, essa falta de sinceridade com os gastos é denominada de “infidelidade financeira”. Mentir sobre o quanto ganha ou fazer compras que podem comprometer o orçamento familiar, sem avisos, são exemplos desse tipo de traição.

Segundo a educadora financeira Karine Martins, a questão afeta diretamente um casamento, sendo que a infidelidade financeira é uma armadilha para a relação.

A Tribuna – O dinheiro pode afetar um relacionamento?
Karine Martins – A questão financeira afeta diretamente um relacionamento. Ela é um dos principais pilares na vida de qualquer pessoa, porque o uso do dinheiro é totalmente emocional.

Digo sempre que não são só planilhas. São escolhas e comportamentos. Imaginamos que mexer com o dinheiro é uma receita de bolo, mas não é. Precisamos entender quais são os pontos que precisamos melhorar.

Existe uma máxima que diz: “Acabou o dinheiro, acabou o amor”. O dinheiro é a segunda maior causa de divórcios. Isso é porque a má gestão do dinheiro é algo que desgasta um relacionamento. Até o casal entrar em falência, ele vai brigando pelo dinheiro, tendo muitos pontos de vistas diferentes sobre o dinheiro.

É comum os casais não serem transparentes sobre o uso do dinheiro?
Sim. Normalmente, os casais costumam fazer uma divisão: 50% para cada um. Na maioria das vezes, cada um pega uma quantidade de conta para pagar e, com isso, existe o “meu dinheiro e o seu dinheiro”. Só que o casal não consegue entender que, se ele unir as forças, o salário pode ter uma representatividade muito maior.

Por exemplo, se um parceiro ganha R$ 4 mil e outro, R$ 6 mil, se eles juntarem, ficam R$ 10 mil por mês, que seria uma boa renda. Agora, se cada um trata o que ganha como seu, os dois vão ganhar de forma média.
Mas, quando esse casal consegue unir forças, é muito mais fácil conquistar os objetivos e subir a um patamar diferente do atual.

Qual a melhor forma de o casal lidar com a renda familiar?
O ideal seria que, desde o início, quando o casal fica noivo, já comece a pensar como será a estrutura financeira do casamento. O ideal é que sentem para conversar sobre dinheiro e sobre como vão lidar com o financeiro. Cada um tem um jeito em que foi ensinado pela família a lidar com o dinheiro. Às vezes, são duas pessoas com criações completamente diferentes.

De que forma o casal pode ter essa conversa?
Os parceiros podem iniciar falando sobre sonhos e objetivos de cada um. É importante conversar em família, porque uma traição financeira é esconder a real vida financeira também para os filhos. Isso acontece muito também.

Aconselho o casal a falar sobre metas. Talvez eles queiram fazer uma viagem, um cruzeiro. Assim, podem estabelecer quando querem fazer, quais são os passos para que isso aconteça. Sentar para fazer conta é uma chatice mesmo. Agora, sentar para falar dos sonhos, todo mundo quer e gosta.

Qual a sua recomendação: conta conjunta ou cada um com sua conta?
Não concordo com conta conjunta, porque cada um tem de ter sua individualidade. Imagina a mulher ter de comprar um absorvente e isso ser notificado ao marido. Isso não é legal. É extremamente importante o casal ter sua vida e metas individuais.

A primeira coisa para fazer a divisão do dinheiro do casal é definir as despesas em comum. Por exemplo, o homem ganha R$ 6 mil e a mulher R$ 4 mil. Neste caso, 60% da renda é dele. Então, ele deve contribuir com as despesas da casa com 60%. Além disso, as metas também devem ser em conjunto.

É importante entender que a renda familiar é R$ 10 mil e, dentro dessa renda, cada um contribui com seu percentual. Os dois vão se unir para ter a meta do casal e as metas individuais.

Existe infidelidade financeira em um casamento?
Sim. As pessoas cometem infidelidade financeira o tempo todo e não sabem. São exemplos: mentir no valor da compra; comprar roupas, arrancar as etiquetas e guardar no guarda-roupa; esconder sapatos; manter investimentos escondidos; mentir sobre quanto ganha e quanto gasta; e esconder dívidas.

Tanto homens quanto mulheres cometem essa traição. As mulheres escondem consumo, como roupas e sapatos. Já os homens mentem mais sobre valor de compra e quanto ganham, o salário.

A infidelidade financeira é uma armadilha para a relação porque, quando um dos parceiros descobre, há uma quebra de confiança muito grande. Essa traição leva a questionamentos sobre o que cada um pensa do outro. Já acompanhei um casal que iria financiar um imóvel, mas não foi aprovado porque um dos parceiros estava negativado, devido a uma dívida de cheque especial, e não era a primeira vez.

É possível fazer uma “terapia financeira” para quem não sabe administrar o dinheiro?
Sim. Podemos fazer um acompanhamento com a pessoa, normalmente de três meses, onde vamos entender o que passa pela cabeça dela e o que ela traz de herança familiar. É possível construir um orçamento que seja congruente para ela. Pequenos ajustes podem fazer com que pessoas comuns realizem seus sonhos.

No atual momento, como ajustar a renda e ainda poupar?
Deve ser feita uma reunião em família para entender como está a situação financeira do casal, as dívidas. A segunda coisa é entender o padrão de consumo, quanto se gasta com comida por delivery, por exemplo. É fundamental que se faça planos e listas, como antes de ir ao supermercado.

Olhar para dentro do orçamento e fazer pequenas reduções e ajustes. Assim, já é possível reduzir 30% do orçamento. O casal será mais feliz quando for sincero com o dinheiro. Tem uma frase que diz: “É no controle que está sua liberdade”. É preciso colocar meta de quanto vai poupar por mês.

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