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Doutor João Responde

Doutor João Responde

Colunista

Dr. João Evangelista

Heroicos pacientes com câncer

| 24/11/2020, 10:54 10:54 h | Atualizado em 24/11/2020, 10:57

O tempo passa da mesma forma, nem muito rápido nem muito devagar. Ele é imutável, transcorrendo no mesmo ritmo, desde sempre. A questão é a nossa percepção do tempo diante de uma ameaça.

Nessa situação, temos a sensação de que o tempo passa muito rápido, pois sentimos que temos pouco tempo. O sofrimento aguça pensamentos, sentimentos e emoções.

Sonhos interrompidos ou adiados? Isso vai depender da reserva de estoicismo e esperança de cada um de nós.

O Câncer oferece um grande desafio para a medicina. Devido à natureza deletéria da doença e à vontade do paciente de experimentar novos tratamentos, com esperança de cura, são toleradas muitas das toxidades associadas à terapia.

Com alto índice de mortalidade, atrás apenas das doenças cardiovasculares, a multiplicação e a disseminação descontroladas de formas anormais de células ocorrem devido a mutações.
Embora não exclusivo, o câncer é uma enfermidade da idade avançada. Alguém teria que viver bastante tempo para que todas as mutações se acumulassem e criassem um fator que escapasse ao sistema de vigilância imunológica.

De maneira natural, a morte celular é programada. Mutações inibem essa destruição fisiológica, gerando um dos vários pré-requisitos para a instalação do câncer.

Telômeros são estruturas que recobrem os terminais dos cromossomos, lembrando os pequenos tubos de metal na ponta dos cadarços de sapatos, protegendo-os da degradação, da recomposição e da fusão com outros cromossomos. A cada divisão celular, um pedaço do telômero sofre erosão, cessando a replicação do DNA, tornando a célula decrépita. Células-tronco saudáveis fabricam uma enzima que mantém e alonga os telômeros.

Uma vez gastas, as terminações dos telômeros enviam sinais celulares para cessar a replicação, o que justifica que nós, seres humanos, tenhamos um tempo de vida limitado. Tumores malignos reconstroem o terminal do telômero, prolongando a capacidade replicativa celular, conferindo “imortalidade” ao câncer. Enquanto o paciente se desintegra no túmulo, as células cancerosas do seu corpo continuam a seguir em frente, se perpetuando.

O câncer representa enorme desafio para a ciência. A relação risco-benefício assume um papel central no tratamento dessa patologia.

Substâncias que impedem, bloqueiam e evitam a replicação do DNA da célula cancerosa formam o arsenal terapêutico conhecido como “quimioterapia”.

O uso clínico desses fármacos tem o objetivo de promover a cura, prolongar a vida ou, de maneira paliativa, aliviar o sofrimento do doente. Existem mais de oitenta drogas com essa finalidade.
Um dos grandes problemas desses medicamentos reside em seus torturantes efeitos colaterais.

Fadiga, perda de cabelos, náuseas, vômitos, anorexia, diarreia, emagrecimento e redução da libido são algumas das manifestações que maltratam o paciente.

Em razão disso, muitos nutrem mais ódio pelo câncer que amor pela vida. Ainda assim, essa doença desperta a vontade de viver.

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