Gratidão à ciência e à tecnologia que nos salvam dia a dia

Nunca se viu tanta gratidão à ciência. No cenário de pandemia da Covid-19 e da busca incessante por algo para freá-la, o valor das pesquisas e dos cientistas ficou evidente. Valorização justa e que precisa tornar-se habitual, não só em momentos de crise.
Fato é que, constantemente, dia a dia, temos estudiosos, no Brasil e mundo afora, debruçados sobre questões que, em menor ou maior proporção, demandam resolução.
A união entre ciência e tecnologia resulta em soluções para os desafios da vida em sociedade. E, mais fascinante do que ver as nossas necessidades serem supridas, é perceber como a ciência se antecipa a elas, criando soluções das quais nem sabemos que necessitamos, mas, uma vez criadas, não as largamos.

Pense, por exemplo, em algo de que você nunca precisou, que nunca imaginou ou desejou, mas que, após ter acesso, não consegue se imaginar sem. Acredito que tenha não só identificado uma coisa, mas, sim, feito uma lista.

O curioso é que, quando se fala em tecnologias em desenvolvimento, muitas são tão extraordinárias que parecem inviáveis. Praticidades de que dispomos hoje, com tanta naturalidade, encaixaram-se um dia nesse perfil. Nossos bisavós, certamente, duvidariam da criação de um smartphone e suas inúmeras possibilidades.

Quem trabalha com tecnologia e inovação aprende a não duvidar, porque conhece bem o potencial da área. Estamos sempre inteirados sobre estudos em desenvolvimento e já vimos muitos inventos que pareciam surreais se tornarem imprescindíveis.

Na minha experiência como admirador da cultura japonesa e sócio de uma empresa nipo-brasileira, isso é muito comum, afinal, os orientais estão entre os pioneiros no desenvolvimento de tecnologias de ponta.

Alguns exemplos muito interessantes estão relacionados à saúde e à segurança e demonstram como o corpo humano tem se tornado plataforma para a evolução tecnológica.

Lá no Japão, estão em desenvolvimento câmeras de segurança com sensores de frequência vibracional. Os japoneses foram os primeiros a desenvolver sensores capazes de identificar os padrões vibracionais que os batimentos cardíacos indicam, como alegria, raiva, tristeza e euforia, entre outros.

A uma determinada distância, esses sensores, atuando em conjunto com as câmeras, são capazes de captar a intenção das pessoas.

As câmeras identificam, por exemplo, a frequência dos batimentos cardíacos de quem se aproxima e, diante de anormalidades, alertam sobre os riscos. Isso porque estudos demonstram que, em geral, pessoas mal-intencionadas, que queiram roubar, furtar, invadir ou praticar atos de vandalismo, apresentam um padrão de vibração específico, identificável pela tecnologia.

Outro exemplo é a tecnologia controlada pelo pensamento, usada no Japão em um exoesqueleto para reabilitação física de acidentados. Sensores colocados nos membros prejudicados fazem com que a vontade de movê-los seja captada, gerando o movimento. Viva a ciência! Viva a tecnologia! Hoje e sempre!

Tiago Hasselmann é empresário do setor de tecnologia e inovação.