Fortalecer a economia local mais que a global é o caminho
Com a pandemia de coronavírus, que desacelera um dos motores de crescimento mais confiáveis da economia brasileira, o varejo, devido ao impacto negativo na demanda de consumidores, vemos com mais frequência pelas redes sociais campanhas como “Indique o trabalho de um amigo” ou “ajude o comércio local”, que têm auxiliado, de fato, empreendedores a manter parte das vendas e a se tornarem mais conhecidos.
Em maior escala, a valorização das empresas locais também se faz necessária e pode trazer benefícios ao consumidor - na relação de confiança já estabelecida e o entendimento da cultura local, que resulta em atendimento diferenciado - e também à economia, com a manutenção e empregos e da demanda de outras empresas, como fornecedores.
O indicador de atividade do comércio da Serasa Experian registrou a maior queda mensal, em março deste ano, desde que os dados começaram a ser coletados em 2000. As vendas nominais no varejo caíram 22,4%.
E não é para menos: a ameaça invisível de um vírus nos impôs a necessidade de fechar as portas, em meio a um cenário de total incerteza, de uma forma nunca antes vista por muitos.
Em poucos dias, podemos ver uma mudança radical, empresas contam com funcionários em home office; as vendas passam a ser, em sua maioria, online; uma rápida adaptação nos estabelecimentos com pontos de atendimento; e o ensino a distância é a única possibilidade no momento.
Basicamente, as empresas, muitas com anos no mercado, precisam entender quais são os tipos de cenários que sua corporação pode passar e ter em mente soluções práticas para serem utilizadas nesse momento.
É necessário um planejamento, rápido e preciso, que desenvolva maneiras para que a organização se mantenha resiliente em um mercado em crise. A ideia é recuperar perdas que possam ocorrer ao longo da crise ou manter atividades e preservar empregos.
Se voltarmos algumas casas nesse jogo, iremos ver que para manter-se no mercado há tanto tempo era preciso estar atento às tendências e entregar novidades ao cliente.
No momento, todas essas regras são válidas, porém a forma como lidamos com a pandemia, enquanto empresas, com responsabilidade social, é um novo elemento nesse jogo.
Todo o mercado está de olhos bem abertos, atentos aos movimentos uns dos outros para que a situação seja conduzida da melhor forma possível. É preciso se adaptar, se virar, se reinventar.
Ao consumidor, é hora de olhar para dentro. Dentro do seu bairro, dentro da sua rua, dentro do seu ciclo de fornecedores. Adotar essa ação como uma das formas de fortalecer a economia local mais que a global.
Às empresas, é a hora de olhar ao redor. Ver o que acontece e ampliar a visão para agir de forma assertiva, entregando seus produtos, contribuindo para superarmos esse momento.