Login

Esqueci minha senha

Não tem conta? Acesse e saiba como!

Atualize seus dados

Pernambuco
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Pernambuco
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Espírito Santo
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Espírito Santo
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo

Papo de Família

Papo de Família

Colunista

Cláudio Miranda

Familiar tóxico adoece relações

| 10/07/2021, 08:11 08:11 h | Atualizado em 10/07/2021, 08:16

Imagem ilustrativa da imagem Familiar tóxico adoece relações
Cláudio Miranda |  Foto: A Tribuna

Há famílias que se relacionam usando palavras e expressões depreciativas. Para elas, é normal as pessoas chamarem os outros de retardado, frouxo, burro, incompetente, imbecil e outros termos negativos relacionadas ao físico ou ao comportamento do indivíduo atacado.

Se para um adulto isso é constrangedor e desagradável, imagine o mal que isso faz para a autoestima de uma criança e de um adolescente.

Isso mostra que há um tipo de “adoecimento da relação familiar”. O ambiente doméstico que deveria ser um local de paz e acolhimento se torna espaço de tensão e ansiedade. Nas reuniões familiares há sempre um clima de tensão quando esses familiares tóxicos estão presentes.

O pai e a mãe são os responsáveis principais pela educação e convívio familiar. Se estiverem ausentes ou omissos, alguém poderá atuar agindo contra a saúde emocional da casa, com comportamentos negativos e desrespeitosos. Esse alguém faz isso pela omissão e permissão dos cuidadores daquela família.

No meu instagram @claudiomirandapsico o post mais curtido, comentado e compartilhado é um que diz: “Não se culpe por cortar laços com familiares tóxicos”. É surpreendente a repercussão desse post.

Mostrando que a toxidade na relação familiar é mais comum do que se imagina.

Pessoas tóxicas demonstram ter um problema evidente de baixa autoestima. Muitos deles são indivíduos frágeis e inseguros que necessitam atacar alguém para se posicionar. Parecem se sentir bem quando ferem e depreciam alguém.

São pessoas que têm uma visão distorcida do que é afeto e cuidado. Eles podem ter convivido também com familiares tóxicos e agora perpetuam o problema.

Na maioria das vezes, essa pessoa tem uma plateia que ri do modo como ele fala e diminui a sua vítima. Ninguém o contrapõe e ele ganha um poder naquele grupo.

Nem sempre é fácil identificar uma pessoa tóxica porque a sua fala e comportamento acontecem sempre num tom de “brincadeira” e ele não fala por mal. Ninguém quer tê-lo por perto, alguns o toleram porque dependem dele, como esposa, filhos, irmãos e pais.

A pessoa é tóxica quando:

  1. Usa palavras e expressões desrespeitosas e depreciativas com seus familiares.  
  2. Tem sempre a última palavra: “Você não faz nada direito.”
  3. Se coloca como mais importante e superior a outros familiares por questão financeira, formação acadêmica ou status social: “Você não se esforçou para ter as coisas na vida.”
  4. Não valoriza o sucesso e o esforço de um familiar: “Isso não é tão importante.”
  5. Suas críticas são sempre construtivas, mesmo quando o outro não pede.
  6. O que o outro faz nunca é suficientemente bom. Sempre fica faltando algo.
  7. Ofende alguém e diz que foi só uma brincadeira.

Nas relações tóxicas, o prejuízo causado é de ordem psicológica. Famílias com esse tipo de problema precisam de ajuda. Quando alguém age de forma saudável e assertiva, esse problema tende a se resolver.

Nesse caso, a pessoa tóxica se afasta ou se corrige ao perder a “força” que tinha.

Até o próximo sábado.

Cláudio Miranda é terapeuta individual e familiar, psicopedagogo clínico, pós-graduado pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto - USP

SUGERIMOS PARA VOCÊ: