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AT em Família

AT em Família

Colunista

Redação jornal A Tribuna

Fala Doutor | Médico tira dúvidas sobre câncer de ovário e de vulva

| 22/09/2020, 17:21 17:21 h | Atualizado em 22/09/2020, 17:37

Imagem ilustrativa da imagem Fala Doutor | Médico tira dúvidas sobre câncer de ovário e de vulva
Paulo Mora revela os principais sintomas dos tumores ginecológicos |  Foto: Divulgação

A alta incidência de câncer ginecológico no Brasil e no mundo reforça a necessidade de discutir e conscientizar a população feminina sobre os tumores que podem se manifestar em seu aparelho genital.

A maioria se recorda apenas do câncer de colo de útero, mas, no Brasil, os tipos mais comuns incluem ainda o de ovário, endométrio e vulva.

A estimativa do Instituto Nacional do Câncer (Inca) é de que, no triênio de 2020 a 2022, surjam 16.590 novos casos de câncer de colo uterino para cada ano. Além de 6.540 de câncer de útero (endométrio) e 6.650 de ovário.

Para esclarecer mais sobre o assunto, o AT em Família entrevistou o oncologista clínico Paulo Mora, que é membro do comitê de tumores ginecológicos da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica.

AT em Família - A quais sinais as mulheres devem se atentar?
Paulo Mora -
Nem sempre há sintomas específicos nos tumores ginecológicos, mas todas as mulheres devem estar atentas a sangramento vaginal excessivo, fora de época, associado ou não a corrimentos vaginais; dor durante o sexo; aumento do volume abdominal; ferimentos externos que aumentam ou não melhoram espontaneamente; e até alterações urinárias ou digestivas.

Mais importante do que qual sintoma, talvez seja procurar um médico no caso de um sintoma importante ou persistente.

AT em Família - Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST) podem evoluir para câncer?Paulo Mora - Sim, o HIV/Sida (conhecida também pela sigla em inglês Aids) não tratado adequadamente aumenta o risco para as neoplasias de colo uterino, por exemplo.

Nem todas as infecções pelo HPV são adquiridas por contato sexual (ainda que na maioria dos casos seja uma DST), e nem todos que têm contato com HPV vão desenvolver uma infecção crônica pelo vírus.

Assim, quando adquirido como DST, o HPV pode levar ao surgimento de lesões precursoras, ou seja, que antecedem câncer de colo uterino, vagina ou vulva.

AT em Família - Existe algum exame que deve ser feito periodicamente para ajudar a identificar possíveis tumores ginecológicos?
Paulo Mora -
Sim, o exame preventivo, também conhecido como Papanicolau, é um exame relativamente simples, mas que ajuda muito na detecção do câncer de colo uterino inicial e nas lesões que aumentam o risco do surgimento de câncer.

As principais recomendações são atualizadas sempre que necessário e podem ser encontradas no site do Instituto Nacional do Câncer.

AT em Família - É possível prevenir?
Paulo Mora -
Sim. De modo geral, o acompanhamento médico ginecológico é a medida mais importante nessa prevenção, seja por aconselhamento (como a vacinação para o HPV) ou mesmo para avaliação precoce de um sintoma inicial.

Manter hábitos saudáveis, parar de fumar, prevenir as DSTs, evitar o sedentarismo e a obesidade, assim como adotar uma alimentação equilibrada, ajudam na prevenção da doença.

AT em Família - Pacientes em tratamento ou que já se recuperaram da doença podem utilizar anticoncepcionais?
Paulo Mora - 
Sim, de acordo com a indicação do ginecologista. A maioria pode precisar de contracepção, como em casos de neoplasias trofoblásticas durante o tratamento e seguimento inicial.

Já outras podem ter contraindicações relativas ao tipo de tumor tratado, como em parte dos casos de neoplasias dos ovários ou útero.

AT em Família - Há algo que pode ser conversado com meninas entrando na fase reprodutiva para minimizar os riscos da doença?
Paulo Mora -
Assim como em todos os tipos de doença, nada supera a educação e a instrução com base no conhecimento científico atual como forma de esclarecimento da população. O pior que pode acontecer na prevenção é a ignorância.

Especificamente para meninas (e meninos) pré-adolescentes e adolescentes, seus pais, professores e agentes de saúde devem tomar conhecimento do programa de vacinação contra HPV.


PERGUNTA DOS LEITORES



Cólica intensa pode estar relacionada a algum tipo de câncer?
Walnia Regina Rocha, 46 anos, diarista

A cólica ou dor intensa no ventre pode estar associada a praticamente todos os tipos “internos” de câncer ginecológico, seja associado a sangramento vaginal, como no câncer de útero, ou isoladamente como em alguns casos de câncer de ovário.

Mulheres que já tiverem tumor ginecológico podem engravidar?
Marcela Gomes, 24 anos, vendedora

Depende da localização e do tipo de tratamento recebido. O médico sempre leva em consideração os desejos reprodutivos da mulher, mas é essencial esclarecer os riscos de cada medida tomada.

O avanço nas técnicas de fertilização e preservação da fertilidade aumenta as chances de manter a capacidade reprodutiva.


SAIBA MAIS


Diagnóstico precoce

> Mulheres devem estar atentas a sinais importantes ou persistentes.
> Alerta para sangramento vaginal excessivo, fora de época, com ou sem corrimento; dor durante o ato sexual; aumento do volume abdominal; ferimentos externos que aumentam ou não melhoram; e alterações urinárias ou digestivas.
> O acompanhamento periódico reduz o risco de adoecimento grave.


FIQUE POR DENTRO


Os tipos mais comuns de câncer ginecológico no Brasil são de colo uterino, ovário, útero (endométrio) e vulva. Mas esses não são os únicos.

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Há também tumores de vagina, linfomas ginecológicos e neoplasias trofoblásticas gestacionais, entre outros. Apesar de serem todos ginecológicos, eles possuem muitas diferenças.

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As causas são variadas. Alguns têm o vírus HPV como causa principal, como os de colo uterino e vagina. Para outros, como os de ovário e do endométrio, os fatores de risco são mais complexos e têm diferentes manifestações.

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Um comportamento que “aumenta” o risco de adoecer de forma mais grave seria não ter um acompanhamento médico e ginecológico regular.

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Precursor - Que se manifesta anteriormente ou dá origem a algo.
Detecção - Identificação de algo através de indícios, sinais ou exames.

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