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Esportes

Ex-promessa do Botafogo, capixaba recomeça na Finlândia


Imagem ilustrativa da imagem Ex-promessa do Botafogo, capixaba recomeça na Finlândia
|  Foto: Divulgação/HIFK

Aos 17 anos, enquanto muitos nem sabem ainda qual profissão seguir, Luís Henrique Taffner já dava entrevistas e tinha seu nome gritado nos maiores estádios do Brasil. Era 2015 e o capixaba, avaliado em R$ 60 milhões, era tido como a maior revelação do Botafogo, convocado para as seleções brasileiras sub-17 e sub-20.

Hoje, cinco anos depois de seu surgimento meteórico e de uma sequência de escolhas equivocadas na carreira, o atacante busca um recomeço na gélida Finlândia, pelo Helsink IFK (HIFK).

Aos 21 anos, seus gols agora são marcados no Sonera Stadium, estádio para 10 mil pessoas. Pequeno perto do Maracanã ou do Nilton Santos, mas suficiente para comportar a população de Itarana, sua cidade-natal, no Noroeste do Estado.

Depois de uma saída conturbada do Botafogo em janeiro de 2017, após não aceitar renovar contrato, o jogador reconhece que demorou a se reencontrar no futebol. Em três anos, passou por cinco clubes: Athletico/PR, Feirense (Portugal), Nacional/SP, Grêmio e Oeste/SP, marcando só dois gols em jogos oficiais neste período.

“Acabei não tendo uma sequência nessas equipes e isso me prejudicou. Pude aprender e amadurecer, repensar minhas escolhas. Precisava jogar mais. Acredito que agora estou novamente em um momento positivo”, ressalta.

Quando chegou aos profissionais do Botafogo, o time disputava a Segundona do Brasileiro. Sem recurso para contratações, o clube via no garoto de 17 anos, xodó da base e que havia feito 14 gols em 10 partidas na Copa do Brasil Sub-17, a esperança de gols para voltar a elite em 2016. Para ele, ir do sub-17 direto ao profissional não gerou pressão exagerada.

“As cobranças são proporcionais ao potencial do jogador. Sempre soube da responsabilidade que era vestir a camisa do Botafogo. Sempre me preparei e trabalhei para corresponder.”

E ele correspondeu de cara. A estreia foi contra o Sampaio Corrêa, no dia 3 de julho de 2015. Goleada por 5 a 0, com 2 gols dele.

Uma das maiores alegrias aconteceria pouco depois. No dia 11 de setembro, o Botafogo viria ao Espírito Santo encarar o Mogi Mirim no Kleber Andrade. Na reserva, o atacante ouviu desde o primeiro minuto do jogo a torcida conterrânea pedindo seu nome.

“Foi especial. Entrei no segundo tempo e teve o pênalti no fim do jogo. Estava confiante e pedi a bola. Tinha que fazer meu gol diante de família e amigos”, relembra.

Renovação como “presente de Natal” e parceria com Toró

Imagem ilustrativa da imagem Ex-promessa do Botafogo, capixaba recomeça na Finlândia
|  Foto: Divulgação/HIFK

Dizer que Luís Henrique se reencontrou com o bom futebol na Finlândia pode ser comprovado nos números dos seus primeiros seis meses no Helsink IFK. E eles impressionam: em 14 jogos, foram oito gols e seis assistências. Titularidade garantida.

O capixaba chegou a Helsinque na metade do ano passado. Desde sua estreia, em julho, ficou de fora de apenas uma partida por estar suspenso, e foi titular em 13 jogos.
Em setembro, marcou dois gols em duas rodadas consecutivas. A primeira vez desde sua estreia no profissional, na partida contra o Sampaio Correa, em 2015, que ele marcaria mais de um gol em uma mesma partida.

No clube, ele tem a companhia de dois brasileiros bem conhecidos: o volante Toró, revelado pelo Fluminense e campeão brasileiro em 2009 pelo Flamengo, e o atacante Tiquinho, ex-Rio Branco, que forma com ele a dupla de ataque titular do Helsink IFK. Tradicional, o HIFK carrega o ano de fundação no escudo: 1897. Apesar de centenário, o clube conquistou a Veikkausliiga (Campeonato Finlandês), apenas sete vezes, sendo a última em 1961.

“O Toró está aqui há mais tempo e foi me receber no aeroporto quando cheguei. Foi uma atitude muito bacana dele e nos tornamos bem próximos. Tenho uma relação muito bacana com o Tiquinho, nos ajudamos bastante”.

A contratação do capixaba faz parte do projeto de tirar o HIFK da fila. A sua renovação de contrato, anunciada no dia 24 de dezembro, foi tratada no site oficial do campeonato como “um presente de Natal” para a torcida.

“Estamos muito satisfeitos por termos recebido esse presente de Natal. Luís é um jogador pelo qual muitos outros clubes se interessaram, por isso é ótimo que ele continue conosco”, comentou a diretora de esportes do clube finlandes, Mika Lönnström.

"Não ficou mágoa do Botafogo"

Imagem ilustrativa da imagem Ex-promessa do Botafogo, capixaba recomeça na Finlândia
|  Foto: Edson Ruiz/Estadão Conteúdo

A TRIBUNA: Sua saída do Botafogo foi conturbada. Na sua opinião, houve erro de ambas as partes? O que poderia ter sido diferente?

Luís Henrique: "Naquela época, o clube tinha um projeto e eu imaginava outra coisa. Não houve acordo, sem mágoa. Não deixou de ser um aprendizado. O mercado da bola é assim. Tenho carinho pelo clube e segui o meu caminho".

Como surgiu o convite do futebol finlandês? Você aceitou de cara a proposta?
"A primeira reação é de surpresa, porque não é um mercado tão forte. Mas na hora que meus empresários me explicaram o projeto eu topei. Estou tendo a oportunidade de estar em campo, marcar gols".

O René Simões foi quem te levou para o profissional. Ele foi um técnico muito importante na sua carreira?
"O professor René é uma pessoa muito especial. Além do conhecimento do futebol, ele é atento ao lado pessoal dos atletas. É um profissional que me ajudou muito e por quem tenho muito carinho".

Como funciona o Campeonato Finlandês? Segue o calendário europeu ou vocês fazem uma pausa no inverno?
"O calendário é diferente em virtude do clima. É muito frio para jogar no inverno, não tem jeito, aí o futebol para. É parecido com o calendário do Brasil. A temporada começa e termina no mesmo ano. O campeonato é dividido em módulos. Após todos se enfrentarem, tem dois hexagonais, um pelo título e outro contra o rebaixamento".

Acredita que o Helsink IFK pode te oferecer uma porta para um mercado de maior evidência?
"Sim, depende do que eu fizer em campo. Um bom desempenho vai me levar a centros mais fortes".

Como é a vida na Finlândia? É um país agradável para se viver? É um país litorâneo, mas dá para curtir o “verão” nórdico?
"É um país organizado, agradável sim. O frio é o problema, mas você acaba se acostumando. E quando aparece um solzinho tem que aproveitar, né? (risos)".

O Helsink IFK é um time bem antigo, embora não tenha muitos títulos. O clube tem perspectivas ambiciosas a curto prazo?
"É um clube muito tradicional. No último ano, o objetivo era a classificação para a Liga Europa, mas infelizmente caímos na disputa por pênaltis. Para a nova temporada, imagino que podemos conseguir a vaga".

Qual clube, se fizesse proposta, te tiraria da Finlândia?
"Mais do que qualquer coisa, vale o projeto apresentado. Mas não penso nisso hoje, minha meta é fazer boas partidas aqui. Com trabalho e dedicação, as coisas vão acontecer com naturalidade".

Qual seu time do coração?
"É aquele que eu estiver defendendo (risos)".

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