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Cidades

Estado é onde menos se usa camisinha, diz IBGE


Pelo menos 82% das pessoas de 18 anos ou mais do Estado não usam preservativos na hora do sexo. Foi o que revelou a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) realizada pelo IBGE.

O levantamento apontou ainda que o Espírito Santo é onde menos se usa preservativo em todo o País. Dentre os que tiveram relação sexual nos últimos 12 meses, somente 18,1% informaram ter usado preservativo em todas as relações.

Imagem ilustrativa da imagem Estado é onde menos se usa camisinha, diz IBGE
Médica Lorena Baldotto crê que índice de pessoas que não usam preservativos é maior na faixa acima de 40 anos |  Foto: Beto Morais/at

Para realizar a pesquisa, o IBGE visitou 4.215 domicílios de 50 municípios do Estado, no período de agosto de 2019 a fevereiro de 2020. As pessoas de 18 anos ou mais de cada casa responderam perguntas relacionadas à atividade sexual, como a idade em que teve a primeira relação, se ele teve relação nos últimos 12 meses e se fazia uso do preservativo.

O levantamento mostra que 94,2% das pessoas de 18 anos ou mais de idade tiveram relação sexual pelo menos uma vez na vida. A idade média da primeira relação sexual da população foi estimada em 17,6 anos.

A médica sexóloga e colunista de A Tribuna Lorena Baldotto acredita que o índice de pessoas que não usam preservativos é maior na população acima de 40 anos e principalmente em idosos, justamente pela questão cultural.

“Os idosos pegaram essa transição da revolução sexual, com a chegada das pílulas, na década de 1960. Muita coisa mudou de lá para cá, mas ainda é pouco para criar um costume na sociedade. É uma questão cultural”, explicou.

Entre os motivos alegados pelas pessoas para não usarem camisinha, a sexóloga aponta os “incômodos” na hora do sexo, as alergias e a falta de prazer, ditos, na maioria dos casos, pelos homens. “Falam que a sensibilidade é menor, que arde, incomoda, que tem alergia, inúmeras desculpas. Em alguns casos, chegam até a quase impor para mulher o sexo sem o preservativo, mas as mulheres precisam se impor mais”, disse.

O ginecologista pós-graduado em sexologia clínica Elvídio dos Santos falou sobre os riscos do sexo sem camisinha. “Além de ocasionar uma gravidez indesejada, pode levar a doenças sexualmente transmissíveis como a Aids, sífilis, gonorreia, clamídia, etc.”, disse.

Violência sexual afetou 227 mil

A Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), feita pelo IBGE, revelou outro dado que assusta: o número de pessoas que já foram vítimas de violência sexual.

De acordo com o coordenador da pesquisa, Ilmar Vicente Moreira, no Estado, 227 mil pessoas de 18 anos ou mais disseram que já sofreram algum tipo de violência sexual.

“Esse percentual corresponde a 7,5% da população do Estado dessa faixa etária, sendo 2,8% de homens e 11,7% das mulheres”, relatou Ilmar.

O levantamento indicou também que a violência ocorre mais em pessoas com a faixa etária de 18 a 29 anos (9,6%) do que as mais velhas, de 60 anos ou mais (3,3%).

Camisinha

O Espírito Santo ficou em 3º lugar no ranking dos estados onde as pessoas menos procuram as unidades de saúde para o recebimento de camisinhas.

Segundo o levantamento do IBGE, 7,9% das pessoas ouvidas pelo órgão disseram que procuram o serviço de saúde para ter acesso ao preservativo.

Para a psicóloga Marcelle Pagani, o número é reflexo do que é considerado o sexo para a sociedade: “O sexo é tratado como tabu. A educação sexual também no geral é bastante ineficaz, não se fala, não se conversa o suficiente”, explicou.


SAIBA MAIS


Riscos do sexo sem camisinha

  • Gravidez indesejada
  • A gravidez indesejada é um problema importante de saúde pública. Em todo o mundo, segundo a OMS, anualmente, 74 milhões de mulheres vivendo em países de renda baixa e média engravidam sem intenção.

Infecções por doenças

  • HIV: é o vírus causador da aids, ataca o sistema imunológico, responsável por defender o organismo de doenças.
  • Aids : a Aids é uma das doenças mais perigosas que podem ser contraídas por contato sexual. A doença é causada pelo vírus HIV e debilita o corpo humano.
  • Sífilis: pode ter sintomas despercebidos e, por isso, ficar mascarada por tempo suficiente para que a infecção cause problemas mais graves.
  • gonorreia: os principais sintomas são sensação de queimação ou dor ao urinar, corrimento turvo vaginal ou peniano, dores de estômago, dor nos testículos e inflamação anal ou retal.
  • Hepatite B: é uma infecção perigosa, que pode evoluir, em alguns casos, para cirrose hepática ou câncer do fígado.
  • Vaginose bacteriana: os sintomas podem envolver coceira vaginal, dor ao urinar e corrimento com odor forte.
  • HPV: é o principal causador de câncer de colo de útero (o segundo tipo de tumor mais comum entre as mulheres). Os principais sintomas são pequenas verrugas na área genital.

Fonte: Especialistas ouvidos pela reportagem.

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