Estado decreta intervenção em hospital de Vila Velha após falta de material
O governo do Estado anunciou neste domingo (21), por meio de uma portaria publicada em edição extra do Diário Oficial, que vai assumir a gestão do Hospital Infantil e Maternidade Alzir Bernardino Alves (Himaba), Vila Velha. A intervenção, segundo o decreto, é decorrência da falta de material hospitalar e o risco “iminente de interrupção nos serviços da unidade”.
Ainda de acordo com a portaria, a intervenção tem início à meia-noite desta segunda-feira (22) e vai até o final da vigência do contrato com o Instituto Gnosis, no dia 2 de março. A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) vai assumir a gestão.
“Diante do descumprimento de cláusulas contratuais por parte do Instituto Gnosis e do risco de desassistência e descontinuidade dos serviços no hospital, o governo decidiu pela intervenção no contrato. Uma interventora designada pela Secretaria de Saúde fará a gestão do contrato até o seu término”, afirmou o secretário Nésio Fernandes.
Ainda segundo a portaria da Sesa, fica nomeada como interventora a diretora-geral do Hospital Estadual Infantil Nossa Senhora da Glória, Thais Regado, que passará a acumular a função de diretora geral do Himaba.
“A decisão pela intervenção irá garantir e preservar o pagamento dos trabalhadores e permitirá que a unidade não tenha nenhum prejuízo assistencial”, frisou Nésio.
A Sesa aguarda a finalização do processo de chamamento público para a escolha de uma nova Organização Social, que já está em andamento, em fase de análise de propostas de cinco interessadas para o gerenciamento futuro da unidade.
“Entre o dia 2 de março até aproximadamente o dia 20 do mesmo mês, o hospital passará a ser gerido pela administração pública direta, período necessário para a que a nova organização social que será selecionada possa assumir a unidade em maneira definitiva”, concluiu o secretário.
Outra intervenção em 2019
Essa não é a primeira vez que o governo do Estado decide intervir na administração do Hospital Infantil de Vila Velha. Em outubro de 2019, o Ministério Publico do Espírito Santo (MPES) solicitou o afastamento do Instituto de Gestão e Humanização (IGH) da direção do Himaba.
Na época, o governo decidiu romper o contrato com a Organização Social e abriu processo para contratação emergencial de uma nova entidade para gerir a unidade.
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