Mais um duelo entre os atacantes do Botafogo e Atlético/MG
Os atacantes Luiz Henrique, do Botafogo, e Hulk, do Atlético/MG se enfrentam mais uma vez nesse sábado (30)
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Protagonistas dentro de campo, os atacantes Luiz Henrique, do Botafogo, e Hulk, do Atlético/MG, travaram um duelo na última vez que os clubes se encontraram, no último dia 20, pela 34ª rodada do Brasileirão. Fato que apimentou a decisão deste sábado (30) no Monumental de Nuñez, em Buenos Aires, pela Libertadores.
Na ocasião, o atacante atleticano acusou o botafoguense de chamar o Galo de “time fraco”. No fim, o jogador do Botafogo ainda foi expulso por uma garrafa arremessada em seguranças. Posteriormente, Luiz Henrique pediu desculpas e elogiou Hulk.
“Estou super tranquilo. Peço desculpas ao Hulk, respeito muito ele. É um jogador de alto nível como eu sou também. Temos que nos respeitar dentro de campo. Às vezes a gente está com a cabeça cheia. Pedi desculpa a ele. É seguir em frente. Que a gente possa fazer um jogo incrível e que vença o melhor”, disse Luiz Henrique.
Os dois atletas são conhecidos, além dos números fundamentais para as suas equipes, pelas comemorações de gol referentes a super-heróis.
Muito antes de iniciar sua jornada no futebol, em Campina Grande, na Paraíba, o jovem Givanildo já carregava muitas responsabilidades dentro de casa, ajudando os pais na feira desde cedo. O esforço físico intenso acabou lhe rendendo o apelido que o acompanharia para sempre.
“Meu pai ficava louco, porque eu ficava andando em casa pegando as coisas, botijão de gás, novinho. Meu pai falava: ‘você vai se machucar!’ Aí eu: ‘não, pai. Eu sou o Hulk, sou igual ele, muito forte’. Daí meu pai falou: ‘tá ok. Você vai ser chamado de Hulk agora’. Achou que não ia pegar”, contou o atacante, em entrevista ao programa ‘Conversa com Bial’, em 2022.
Já o jovem ponta do clube carioca, começou a celebrar seus gols, este ano, para lembrar outro personagem da Marvel. Depois de balançar as redes, ele costuma colocar a máscara do Pantera Negra e cruzar os braços para formar um X, movimento tradicional do herói.
“É o primeiro personagem negro (protagonista) da história, eu quis trazer para mim essa comemoração. Sou um jovem negro. Queria ficar marcado, passa uma mensagem de luta. A gente luta diariamente contra o racismo”, afirmou o camisa 7.
Números
Na atual temporada pelo Glorioso, Luiz Henrique, 23, marcou 11 gols e deu cinco assistências, em 51 jogos. Somente pela Libertadores, ele balançou a rede três vezes e deu dois passes para seus companheiros marcarem.
Já Hulk, 38, tem 19 gols e 12 assistências em 50 jogos no ano. Pela competição sul-americana, deu quatro passes decisivos e marcou uma vez.
Primeiro confronto em Libertadores
Os alvinegros possuem uma longa história de rivalidade no futebol nacional. O primeiro confronto entre eles ocorreu em 21 de outubro de 1923, no Estádio Barro Preto, em Belo Horizonte, e o time carioca venceu por 4 a 2.
Nas 84 vezes que se enfrentaram oficialmente, o Botafogo venceu 36 delas, enquanto o Atlético/MG se sobressaiu em 27 oportunidades. Ainda foram 21 empates.
No entanto, esta será a primeira vez que eles vão duelar pela Libertadores e justamente na grande decisão.
Este ano, foram duas partidas entre as equipes, pelo Brasileirão. No primeiro turno, pela 15ª rodada, o time de Artur Jorge venceu, sem sustos, por 3 a 0, no Nilton Santos. E recentemente, no returno, um empate de 0 a 0, pela 34ª rodada, no Independência.
Decisões
Em 1971, o Galo venceu o Brasileirão sobre o Glorioso na última rodada do Triangular Final. Em mata-matas, destacam-se eliminatórias como a semifinal da Conmebol de 1993, vencida pelo Botafogo, as quartas do Brasileiro de 1994, com triunfo atleticano, assim como as quartas da Taça Brasil de 1967.
Na Copa do Brasil, o Botafogo levou a melhor em 2007, 2008 (quartas), 2013 (oitavas) e 2017 (quartas). Já na Sul-Americana, o Atlético avançou nas oitavas de final, em 2019.
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