Fla quer dobrar a meta...

| 04/03/2020, 09:06 09:06 h | Atualizado em 04/03/2020, 09:07

O Flamengo de Jorge Jesus inicia hoje, em Barranquilla, na Colômbia, a campanha pelo terceiro título da Libertadores. Mas também está em campo na Europa. Enquanto o time campeão de tudo atua em busca da manutenção do clube num patamar superior, a diretoria trabalha na Espanha atrás de conhecimento para a potencialização de receitas com royalties de produtos licenciados e desenvolvimento de suas embaixadas fora do País.

O objetivo do presidente Rodolfo Landim é atingir o faturamento de R$ 1,5 bilhão anuais até o final do mandato em dezembro de 2021, dobrando os R$ 726 milhões previstos para o exercício de 2020.

A meta é ousada. Afinal, o balanço operacional de 2019 fechou com o ganho de R$ 857 milhões – números anabolizados com as vendas de Paquetá (em 2018) e Leo Duarte.

Mas justifica o endurecimento em negociações com antigos parceiros, como os representantes das marcas que exploram o Maracanã, hoje administrado pelo clube, e com a detentora dos direitos de transmissão do Carioca.

Mas não é só isso: há muita cobrança interna e o retorno de Rodrigo Tostes à vice-presidência de finanças simboliza o início de novos tempos. O executivo ocupará a pasta que era de Wallim Vasconcellos, mas com amplos poderes.

Ex-vice-presidente de operações da Rio-2016 (entre 2013 e 2016) e ex-CEO do VLT (2017 e 2018), Tostes é um dos chamados “tubarões” da Chapa Azul que elegeu Eduardo Bandeira em 2012 e fez parte da gestão até o rompimento com o ex-presidente, em 2015.

E, apesar de hoje viver na Califórnia, jamais se afastou do poder, sobretudo no aconselhamento corporativo. O objetivo é entregar a ele parte do departamento de comunicação e marketing, atualmente nas mãos de Gustavo Oliveira.

Tostes, inclusive, já prospecta o mercado atrás de um diretor para a “FlaTV” em substituição a Maurício Portela.

Landim, que chefia a comitiva que visitou as estruturas de Real Madrid e Barcelona, não descansará enquanto o Flamengo não estiver técnica e economicamente no patamar dos principais clubes da Europa.

Para isso segue à risca a cartilha passada pelo catalão Ferran Soriano, autor do best seller “A bola não entra por acaso”, reorganizando os departamentos e criando mentalidade empresarial em toda sua estrutura.

O que, em parte, explica tanto o sucesso do clube como a posição pouco humanitária no pagamento das indenizações das famílias dos meninos mortos no Ninho...

SUGERIMOS PARA VOCÊ: