Capixaba vai jogar na primeira divisão da Bolívia

| 28/01/2020, 18:18 18:18 h | Atualizado em 28/01/2020, 18:24

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Natural de Aracruz, o capixaba Gugu vai disputar a primeira divisão da Bolívia. O atacante de 23 anos acertou com o Aurora, tradicional clube da primeira divisão boliviana. E apesar de já sentir o peso da altitude, ele pensa em uma rápida adatação e em estreia no clássico contra o Jorge Wilstermann.

Os dois rivais são de Cochabamba, cidade que fica a 2.560 metros em relação ao nível do mar, e se enfrentam na próxima quinta-feira (30), pela terceira rodada do Campeonato Boliviano.

“O processo adaptação está sendo um pouco mais difícil porque a altitude cansa mais rápido. Não é a mesma coisa de jogar no Brasil e em outros lugares. Você joga 45 minutos do primeiro tempo e já cansa, o que é normal. Mas acredito que em duas ou três semanas já estarei adaptado para jogar os dois tempos”, acredita Gugu.

Campeão boliviano em 1963 e do Torneio Clausura em 2008, o Aurora ocupa a quarta colocação no momento, com três pontos, depois de uma vitória e uma derrota. A meta do clube é brigar pelo título ou, pelo menos, por vaga em Libertadores ou Sul-Americana.

Gugu surgiu como grande promessa no futebol capixaba em 2015, quando marcou oito gols pelo Linhares no Capixabão daquele ano, com apenas 18 anos. O desempenho o fez ir para a base do Avaí. No Espírito Santo, ele também atuou por Rio Branco, Real Noroeste e Aracruz, antes de se aventurar na Arábia Saudita, onde atuou nas duas últimas temporadas na segunda divisão, por Al-Jeel e Al-Najoom.

A TRIBUNA — Qual sua expectativa para atuar pela primeira vez no futebol boliviano?
GUGU — Como vai ser a primeira vez no futebol boliviano, aqui a visibilidade é bem melhor do que na Arábia Saudita, também por ser primeira divisão, que joga contra times de Libertadores, e o Aurora é time grande aqui. Tem muita torcida.

O Aurora já disputou Copa Sul-Americana. Quais são as pretenções do clube para esta temporada?
O Aurora aqui é um time grande, talvez não tão conhecido no Brasil, mas aqui é bastante conhecido. O pensamento do time é se manter entre os quatro, para que se não vier o título pegar uma classificação para a Libertadores ou Sul-Americana. E acho que vai dar certo porque o time é muito bom.

Acha que a adaptação na Bolívia vai ser mais fácil do que a que teve na Arábia Saudita?
O processo adaptação está sendo um pouco mais difícil porque a altitude cansa mais rápido. Não é a mesma coisa de jogar no Brasil e em outros lugares. Você joga 45 minutos do primeiro tempo e já dá uma “cansada”, o que é normal. Mas acredito que em duas ou três semanas já estarei adaptado para jogar os dois tempos.

O maior clássico do Aurora é contra o Jorge Wilstermann. Ansioso para atuar nessa partida?
É o maior clássico aqui de Cochabamba. Todos estão falando, eu moro perto do estádio. Acredito que no jogo de quinta-feira (30) teremos umas 30, 35 mil pessoas no estádio (Félix Caprilles, do Aurora), por ser bem disputado e de grande rivalidade. Se Deus quiser vou poder fazer minha estreia porque já estou regularizado e à disposição do treinador.

Como foi sua passagem pelo futebol árabe?
Minha última passagem no futebol árabe foi no Al Najoom, mas disputei poucos jogos, fiz só cinco e fiz um gol ainda. Só que o time é rival do que eu joguei na temporada 2018/2019, onde pude fazer mais gols (7 gols e 8 assistências em 24 jogos) e terminar em quinto lugar. Saí do Al Najoom por causa da briga entre diretoria e presidente e nós fizemos um acordo porque eu tinha uma proposta para ir para a Europa. Só que devido à cláusulas contratuais e à janela de transferência não deu certo de ir para Europa. Surgiram outras oportunidades, mas eu preferi abraçar aqui na Bolívia e acredito que vai dar tudo certo.

Como sua família e amigos de Aracruz reagiram com seu acerto com o Aurora?
Minha família foi a primeira a saber, já estava esperançosa que ia dar certo. Todos ficaram felizes, sempre torcendo por mim. Graças a Deus estou aqui, teve apresentação oficial, e no clássico de quinta-feira (30) já devo estrear. Ainda não sei, mas estou em um processo de adaptação ainda.

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