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Especial Saúde

Robô é indicado para cirurgias mais complexas

Técnica menos invasiva garante movimentos mais precisos e uma visão mais ampla em comparação às operações tradicionais


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Imagem ilustrativa da imagem Robô é indicado para cirurgias mais complexas
Médico realiza procedimento com auxílio do robô: mais precisão |  Foto: Divulgação

As inovações tecnológicas cada vez mais têm sido incorporadas à medicina. Uma das mais recentes e que tem apresentado muito sucesso é a cirurgia robótica. 

A técnica menos invasiva garante movimentos mais precisos e uma visão mais ampla em comparação às operações tradicionais.

De acordo com o cirurgião do aparelho digestivo e diretor de Mercado da cooperativa de saúde Unimed Vitória, Gustavo Peixoto, a cirurgia com a plataforma robótica tem apresentado como resultado um aumento no grau de assertividade em procedimentos complexos.

“O robô trouxe bastante benefícios para as cirurgias mais complexas”, avalia o especialista.

O cirurgião explica que em operações feitas por meio de laparoscopia, a imagem é mostrada no monitor de vídeo e a qualidade dela é boa, mas a plataforma robótica permite uma visão em três dimensões (3D).

“Além disso, o robô não treme e não cansa. Então, ele consegue fazer os movimentos precisos. Os pequenos braços do robô conseguem chegar em regiões do corpo em que a mão humana tem dificuldade de entrar”. 

“Por exemplo, uma cirurgia de esôfago. O esôfago passa por dentro do tórax, atrás do coração, entre os pulmões. A mão humana para entrar ali ocupa muito espaço. Já a mãozinha do robô entra de maneira mais caprichosa e perfeita, é muito mais factível”, observa.

Peixoto frisa que tudo isso contribui para um desfecho melhor e para que o paciente se recupere mais rápido mesmo em cirurgias de grande porte.

A principal indicação, conta ele, tem sido prostatectomia radical, a cirurgia de câncer de próstata, mas a técnica tem sido também muito utilizada para cirurgias bariátricas revisionais e ginecológicas, principalmente aquelas com preservação.

“Muitos cirurgiões, antigamente, retiravam o útero por conta do mioma. Agora, com o robô, conseguem fazer a dissecção precisa, retirando apenas o mioma e preservando o útero. Então, a gente consegue fazer algumas intervenções com mais precisão e isso faz com que a cirurgia seja menos radical”.

Peixoto destaca que a técnica tem se expandido pelo mundo. No Brasil, porém, ela ainda encontra alguma restrição por conta do custo e por não estar no rol de procedimentos da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).

Imagem ilustrativa da imagem Robô é indicado para cirurgias mais complexas
"A gente consegue fazer algumas intervenções com mais precisão e isso faz com que a cirurgia seja menos radical” Gustavo Peixoto, diretor de Mercado da Unimed Vitória |  Foto: Divulgação

Saiba mais

Cirurgia robótica

  • Embora ainda encontre restrições pelo custo, a utilização da plataforma robótica para cirurgia tem sido empregada no Estado.
  • A cirurgia robótica produz uma operação menos invasiva e tem apresentado aumento no grau de assertividade em procedimentos mais complexos.
  • O robô oferece ao cirurgião uma visão em três dimensões do corpo do paciente. 
  • Já no método de laparoscopia a imagem mostrada no monitor de vídeo e a qualidade dela são boas, porém possuem apenas duas dimensões.
  • Outro benefício é a possibilidade de acesso a partes do corpo nas quais a mão humana tem mais dificuldade ou não consegue entrar. Isso é possível pelo fato do robô possuir braços menores.
  • Esses fatores também contribuem para um desfecho melhor e para uma recuperação mais rápida do paciente.
  • A cirurgia com plataforma robótica é indicada em casos de cirurgia de câncer de próstata, em bariátricas revisionais e em ginecológicas, principalmente aquelas com preservação dos órgãos.
  • Outra inovação trazida pelo procedimento é que os movimentos feitos pelo cirurgião são enviados para uma central conectada à internet.
  • É provável que essas informações virem inteligência artificial para no futuro orientar cirurgiões durante as operações.

Sistema armazena movimentos de cirurgia

Imagem ilustrativa da imagem Robô é indicado para cirurgias mais complexas
Setor de atendimento de telemedicina se tornou realidade na pandemia |  Foto: Divulgação

O cirurgião do aparelho digestivo e diretor de Mercado da cooperativa de saúde Unimed Vitória, Gustavo Peixoto, explica que a plataforma robótica aprende a operar durante a realização do procedimento. 

Todas as informações sobre movimentos feitos pelo médico para manipular os tecidos do corpo do paciente são enviadas para uma central conectada à internet.  Esse sistema, chamado Intuitive, é alimentado com dados da plataforma em todo o mundo.

“Provavelmente, essas informações vão virar uma inteligência artificial. Não tenho dúvida de que daqui a uma década vai ter um robô que vai falar para o cirurgião 'não vai aí não' ou perguntar 'tem certeza de que você quer ir aí? Aí vai sangrar'. Cada movimento que a gente faz é captado por essa plataforma robótica, que tem uma conexão universal com todos os sistemas robóticos. Vamos gerar uma inteligência artificial cirúrgica para poder contribuir para desfechos ainda melhores”.

Peixoto acredita que esse é um caminho irreversível. “A próxima geração de cirurgiões, que está sendo formada neste momento, não só vai ter que conviver com robô, mas também conviver com a inteligência do robô dando pitacos para eles”, explica.

Telemedicina

A pandemia fez a telemedicina se tornar uma realidade. Mesmo após a redução do número de casos e mortes pela covid-19, as consultas por esse modelo foram incorporadas no próprio sistema da Unimed Vitória e outras operadoras.

“Realmente, a gente conseguiu demonstrar que a telemedicina tem efetividade de cerca de 85% em consultas virtuais, o que mostra que ela pode ser muito utilizada e, inclusive, incorporada ao SUS”, afirma Peixoto.

Hoje, a cooperativa estendeu a telemedicina para qualquer cooperado que queira atender no consultório no lugar de ter que ir até a sede da Unimed para poder participar.

"A próxima geração de cirurgiões não só vai ter que conviver com robô, mas também conviver com a inteligência do robô dando pitacos” Gustavo Peixoto, Diretor de Mercado da Unimed Vitória
 

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