Escolas procuram 36 mil alunos que não fazem tarefas
As atividades a distância para os alunos da rede pública estadual começaram a valer nesta quarta-feira (1) como carga horária letiva. Agora, a Secretaria de Estado da Educação e as escolas têm uma missão pela frente: buscar os 36 mil estudantes da rede que ainda não estão acessando as tarefas impressas ou pela internet.
Em entrevista coletiva na última semana, o secretário de Estado da Educação, Vitor de Angelo, afirmou que 15% dos alunos da rede não são alcançados pelo programa EscoLAR, que desde abril mantém atividades pedagógicas remotas para os estudantes.
Esses alunos não foram encontrados e não estavam tendo acesso a esse conteúdo, que ainda não contavam como dia letivo.
Na ocasião, o secretário ressaltou que mesmo sem participar, esses alunos não foram excluídos ou esquecidos e passarão a ser atendidos por uma política de busca ativa. Depois, eles serão voltados para a recuperação da aprendizagem.
Para tentar garantir que as crianças e os adolescentes estejam aprendendo e não ocorra evasão escolar no período, a Sedu, o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e à União dos Dirigentes Municipais do Estado (Undime) vão se reunir amanhã.
Entre as diretrizes enviadas às escolas para o retorno das aulas, é papel delas estabelecer comunicação com estudante sobre a importância do cumprimento das atividades.
Diretores de escolas da rede ouvidas pela reportagem afirmaram que esse trabalho de busca dos alunos tem sido contínua até mesmo por redes sociais.
A diretora da Secretaria Administrativa e Financeira do Sindicato dos Trabalhadores da Educação (Sindiupes), Noêmia Simonassi, demonstrou preocupação com relação à quantidade de alunos que não têm acesso às atividades remotas, que acredita chegar a 30%.
“É preciso discutir o que será feito para esses alunos. Parte não tem acesso à internet e parte não está indo à escola por dificuldades e medo mesmo de sair. Isso tem que ser discutido. Além disso, é preciso debater o que será feito com as atividades já realizadas desde abril. Não podem ser descartadas”.
Ações contam como carga horária
Atividades remotas
- Com a suspensão das aulas presenciais nas escolas, desde abril o governo do Estado passou a oferecer aos alunos da rede atividades pedagógicas não presenciais, por meio do programa EscoLAR.
- Desde quarta-feira (1), essas atividades que já vinham sendo realizadas por meio de aplicativo de celular, televisão ou por material impresso passaram a contar como carga horária letiva.
Acesso às atividades
- Segundo a secretaria de Estado da Educação (Sedu), 15% dos estudantes não foram alcançados pelo programa EscoLAR, ou seja, não estavam participando das atividades. Isso representa 36 mil alunos na rede.
- Para esses estudantes, haverá uma política de busca ativa, em que serão informados e orientados sobre a importância das atividades remotas, já que a frequência dos estudantes passará a ser monitorada.
- O governo e outras entidades vão debater amanhã formas de evitar a evasão desses alunos e propor formas de mantê-los nas escolas.
Acesso ao aplicativo
- Os dados da secretaria mostram que cerca de 30% dos alunos (mais de 70 mil) não acessaram ao aplicativo disponibilizado, que é uma das ferramentas para aulas remotas.
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