Vem aí um novo manual de etiqueta quando a quarentena acabar!

| 12/07/2020, 16:36 16:36 h | Atualizado em 12/07/2020, 16:52

Poder receber os amigos e familiares é um dos momentos mais esperados para quem está em isolamento social. Mas como compartilhar bons momentos sem colocar a saúde em risco?

A colunista do jornal A Tribuna e especialista em comportamento Claudia Matarazzo explica que a resposta pode estar na “nova etiqueta preventiva”. Ela consiste em medidas que devem ser tomadas após o fim da quarentena e até uma vacinação contra o coronavírus.

srcset="https://cdn2.tribunaonline.com.br/prod/2020-07/372x236/jessica-beatrice-lepaus-zerbone-empresaria-39f1253f2e0934e3c88ef1308530b3bc/ScaleUpProportional-1.webp?fallback=%2Fprod%2F2020-07%2Fjessica-beatrice-lepaus-zerbone-empresaria-39f1253f2e0934e3c88ef1308530b3bc.jpeg%3Fxid%3D131666&xid=131666 600w, A empresária Jessica Beatrice Lepaus Zerbone pretende seguir algumas regras quando a pandemia acabar, como deixar álcool em gel na entrada e disponibilizar pantufa.
Segundo Claudia, esse novo “receber bem” é baseado nos pilares do bom senso e afetividade, trazendo conforto físico e emocional para o anfitrião e os convidados.

As dicas incluem manter as janelas abertas em vez de ligar o ar- condicionado, limitar o número de pessoas, disponibilizar álcool em gel e máscaras, deixar uma sapateira no lado externo da casa, oferecer pantufas ou propé (calçado descartável) e não dividir petisqueira ou balde de pipoca.

E mesmo que essas regras possam causar estranheza, é preciso priorizar a segurança.

“Estamos em regime de exceção e o que vale são as regras sanitárias que são baseadas na ciência. E com ciência não há o que discutir: fatos são fatos e as regras não podem ser flexibilizadas”, destaca.
cautela

Porém, embora existam novos protocolos sociais, para o especialista em etiqueta e comunicação organizacional Matheus Jacob, é preciso cautela.

“Em alguns casos, visitas até podem acontecer. Mas sempre ponderando a importância daquela visita. Se o ganho em estarmos juntos compensa os possíveis riscos”, salienta.

Novas regras para receber visitas em casa

Chegada

  • Logo na entrada, o ideal é ter sapateira ou local para que o convidado deixe seus sapatos.
  • Para quem não levou sua pantufa ou não quiser tirar os sapatos, o anfitrião pode oferecer “propé (sapatilha descartável). “Pode oferecer em uma bandejinha e, se quiser fazer charme, personalizar”, sugere Claudia Matarazzo.

Refeições

  • Em jantar, almoço social ou de negócios, é preciso tirar a máscara. No caso de eventos sociais, esse momento seria na hora do aperitivo.

Anfitrião tem prioridade

  • Na etiqueta preventiva, a regra de agradar sempre ao convidado é flexibilizada em favor do anfitrião, pois é ele quem está abrindo sua casa. E suas regras devem ser seguidas.

Tirar ou não a máscara?

É importante que o anfitrião pergunte aos convidados se querem continuar com máscara ou deixe claro que ficará incomodado caso eles tirem. Isso vai depender do número de pessoas e da distância entre elas.

Saquinhos

  • O anfitrião pode oferecer saquinhos plásticos para que todos tenham onde guardar as máscaras.

Aperitivos

  • Evite bowls ou petisqueiras com amendoins ou salgados, onde todos colocam a mão. E nada de fondue com convidados! Lembre-se que o chocolate ou o queijo é compartilhado.

Bufê para convidado se servir

  • É aceitável, mas seria interessante inverter uma regra. Como os lugares estarão colocados à mesa, cada convidado se serve na primeira vez com seu próprio talher (que estará sem uso). Para uma segunda vez, talheres extras devem ser colocados para que ele se sirva e depois os deposite em um recipiente.

Cafezinho

  • Com cafeteira de espresso ou bule, o ideal é que apenas o anfitrião manuseie. Evite tocar em copos e xícaras que irão direto aos lábios do outro. Use sempre pires.

Lugares à mesa

  • O mínimo, sem máscara, é de 1,50m. Mantenha as cadeiras e os pratos já nos locais certos em mesas maiores. Ou use duas mesas com mais espaço entre as pessoas. Se for reunião de trabalho, é bom optar por grupos menores e reuniões híbridas (virtuais e presenciais).

Jogos

  • A segurança aumenta à medida que há um controle do número de pessoas, observando a distância correta e a higienização das mãos.
  • Jogo de Cartas – Com baralhos novos e todos com as mãos limpas.
  • Jogos de salão – De tabuleiro ou não, peças e dados devem ser higienizados, para minimizar riscos.

Fonte: Claudia Matarazzo, colunista de A Tribuna e especialista em etiqueta e comportamento, e Matheus Jacob, especialista em comunicação organizacional e etiqueta.

SUGERIMOS PARA VOCÊ: