“Se for para ficar feio, eu fico feio”, diz o galã José Condessa
A cena, exibida em “Salve-se Quem Puder”, apresentou o moreno de sobrancelhas grossas ao público brasileiro. Já chamado de “Cauã Reymond português”, o gajo de 22 anos já fazia sucesso do outro lado do Atlântico, em sua terra natal.
Mas garante: não se apega à vaidade. “Não acho que o rótulo de galã é negativo, mas, enquanto ator, eu não quero ter um rótulo, seja qual for. Procuro ser o mais versátil possível, camaleônico, e é isso o que gosto em ser ator. Se for para ficar feio, eu fico feio”, disse em conversa com a imprensa.
Ainda no bate-papo, ele negou os rumores de envolvimento com a colega de novela, Juliana Paiva, e contou que seu coração ficou mesmo por lá, em Portugal. “Eu tenho namorada há dois anos”, disse ele, que, mais tarde, nas redes sociais, declarou-se para a amada, a atriz portuguesa Bárbara Branco.
ENTREVISTA | José Condessa, ator “Depois caiu a ficha e pensei: 'Pô, é muito longe”
Como você chegou ao personagem?
José Condessa - Juan é um mexicano. A maior dificuldade, para mim, é o sotaque, ter que perder o sotaque português de Portugal. Mas procurei um pouco da cultura mexicana e até estudei sobre o Dia dos Mortos, porque a forma como eles veem a morte é muito bonita, é uma celebração, não uma tristeza.
A construção do personagem foi muito baseada na alegria, quase como um sol. É como se ele fosse a energia do grupo, um cara que transmite a felicidade e o amor.
Como é a troca com a Juliana Paiva?
Maravilhosa. Juliana é uma colega maravilhosa e muito genuína no seu trabalho. Gosto de trabalhar com ela nesse sentido, porque é muito verdadeira e tem sido uma grande amiga.
Meus colegas têm sido minha família aqui.
Ela passou por um problema recentemente e perdeu o pai…
Eu ainda não estava aqui quando isso aconteceu. Vi que é um ser humano maravilhoso.
Cheguei aqui, não conhecia ninguém, e ela e a Nina Frosi (que vive a Gabi na novela) foram minha família. Trabalhei em novelas em Portugal por muitos anos, mas tem sempre coisas que são diferentes. E ela foi quem me orientou aqui.
Eu tenho namorada em Portugal há dois anos. Sei que especularam, e acho normal isso, mas não temos nada.
Como tem sido lidar com a distância?
É muita saudade. Eu vim para cá sozinho. Chegar aqui e não ter ninguém é complicado, e não tenho como ir lá sempre, porque são 10 horas de viagem. Tenho apenas uma folga por semana. Minha namorada, atualmente, está gravando uma novela por lá e virá para cá assim que terminar.
Disseram que você é uma mistura de Caio Castro com Alexandre Pato. Você ficou sabendo disso?
Não falaram. Eu fico feliz.
Como foi a reação de seus pais ao saber de sua vinda para o Brasil?
Juntei a família toda, contei que viria para cá e a primeira reação foi uma festa. Depois caiu a ficha e pensei: “Pô, é muito longe”. Mas foi muito bom.
Quero agarrar mais ferramentas e ter oportunidades de trabalhar com pessoas novas e métodos que eu possa levar para Portugal.