Humor da “Praça é Nossa” em Manguinhos

| 16/09/2021, 14:13 14:13 h | Atualizado em 16/09/2021, 14:21

srcset="https://cdn2.tribunaonline.com.br/prod/2021-09/372x236/saulo-laranjeira-comediante-artista-06b1742f71deaccba56ce060f9c9154c/ScaleUpProportional-1.webp?fallback=%2Fprod%2F2021-09%2Fsaulo-laranjeira-comediante-artista-06b1742f71deaccba56ce060f9c9154c.jpeg%3Fxid%3D189035&xid=189035 600w, Saulo Laranjeira: "Enquanto existirem humoristas talentosos que se propõem a criar personagens carismáticos, programas no estilo de 'A Praça é Nossa' terão vida longa”.
Humor, emoção e música boa! Essa é a promessa dos amigos de longa data Saulo Laranjeira e Paulinho Pedra Azul para o show no sábado (18) em Manguinhos, na Serra.

Conhecido pelo personagem João Plenário, do programa “A Praça é Nossa”, da TV Tribuna/SBT, Saulo leva suas “lorotas” para o palco.

Além de provocar boas risadas, João Plenário foi uma maneira que o artista de 68 anos encontrou para fazer com que o público reflita sobre a classe política brasileira.

“Evidentemente, não generalizo. Sabemos que existem homens públicos sérios e comprometidos. Mas sabemos que existe uma banda podre que, sem dúvida, precisa ser exterminada”, reflete o humorista.

E como é dividir a cena não com outros comediantes, mas com um amigo de infância? “O que mais funciona no palco é a nossa identificação na maneira de como expressar a nossa arte. Deixando sempre aflorar a emoção da música, da poesia e do riso”, salienta Saulo.

Para Paulinho Pedra Azul, o momento também deve ser emocionante. O dono de sucessos como “Ave Cantadeira” e “Jardim da Fantasia”, popularmente conhecida como “Bem Te Vi”, define Saulo como “Irmão de Fé”.

“Eu e Saulo somos amigos de infância, da mesma cidade: Pedra Azul, em Minas Gerais. Sabemos por onde caminhar entre um encontro e outro”, conta o músico de 67 anos, que viveu no Estado na década de 1970.

“Morei em Vitória em 1972. Terminei meu 2º grau no Colégio Estadual. Uma experiência muito legal para um rapazinho que completou 18 anos aí. Foi em Vitória que tive meus primeiros amores, amigos e primeiro emprego... Além disso, a praia de Camburi era minha segunda casa”, diz o cantor, que se apresenta com Saulo sábado, 19h30, no Espaço Chico Bento.


“Todos os meus personagens são críticos”


AT2 Como se deu essa parceria entre você e o Paulinho?

Saulo Laranjeira Somos parceiros desde a infância e a adolescência. Depois de um tempo, cada um seguiu a sua trajetória. Na década de 1980, voltamos a nos encontrar em São Paulo e tivemos a oportunidade de trabalhar juntos. Quando nosso trabalho começou a ser reconhecido em Minas, por muitas vezes nos apresentamos juntos. O primeiro grande show foi em 2019 no Cine Teatro Brasil, em Belo Horizonte.

Como um bom mineiro, deve ter boas lembranças do Espírito Santo.

Sem dúvida! As belas praias, o carinho do público e a deliciosa moqueca capixaba.

É um artista completo: atua, canta, conta histórias, faz rir, entre tantas outras coisas. Quando descobriu todo esse talento?

Minha identificação com a arte surgiu de maneira espontânea, ainda na infância. O apoio da minha família foi fundamental para que eu me certificasse que trabalhar no mundo da arte e da cultura era realmente a minha missão. Daí, coloquei o pé na estrada, enfrentei muitos desafios, mas a perseverança me fez caminhar com o dom que Deus me deu.

É um grande defensor da cultura popular.

Entendo que toda manifestação artística que se propõe a manter vivas as expressões da autêntica cultura popular é muito importante e digna de reconhecimento. Um povo que convive com a essência da sua identidade cultural é um povo mais feliz!

Há mais de 20 anos, faz parte do “A Praça é Nossa”. Qual o segredo do sucesso do programa?

O conteúdo humorístico de “A Praça é Nossa” mantém o tradicional humor dos personagens. Essa linguagem é acessível a todo tipo de público. Enquanto existirem humoristas talentosos que se propõem a criar personagens carismáticos, programas no estilo de “A Praça é Nossa” terão vida longa.

Zé Roberto, Quelé Metaleiro e João Plenário são personagens famosos da “Praça”. O que busca transmitir com eles?

Todos os meus personagens são críticos. Procuro levar ao público reflexões sobre as posturas e atitudes de figuras hilárias diante de vários temas e situações do nosso dia a dia.


O QUE ELES DIZEM


Riso sem sofrimento

Para o humorista, ator e cantor Saulo Laranjeira, não há situação específica para provocar o riso de outra pessoas. Segundo ele, é preciso apenas um elemento para este resultado: o dom. “Acho que para quem tem o dom de fazer rir, em qualquer situação social que esteja o País, o humor surge naturalmente, sem sofrimento. Cada comediante tem o seu estilo humor”, diz ao AT2.

João Plenário

O sucesso de João Plenário é tão grande que o personagem caiu nas graças até mesmo dos políticos. “A maioria é muito cínica. Viajo sempre para São Paulo para gravar e encontro sempre um deputado, e eles sempre elogiam. Eles não vestem a carapuça!”, observa Saulo, em entrevista ao “The Noite”.

Estágio em A Tribuna

O músico Paulinho Pedra Azul viveu apenas um ano em Vitória. Porém, foram 12 meses intensos. Uma das suas lembranças é de ser estagiário em A Tribuna. “Minha função temporária no jornal foi sair pelas agências fazendo levantamento de preços de motos e carros novos”, lembra, aos risos.


SERVIÇO


Saulo Laranjeira e Paulinho Pedra Azul

O quê: Show musical e de humor com Paulinho Pedra Azul e Saulo, o João Plenário do programa “A Praça é Nossa”, da TV Tribuna/SBT
Quando: Sábado (18), às 19h30
Onde: Espaço Chico Bento. Av. Des. Cassiano Castelo, 195, Manguinhos, Serra
Ing.: R$ 60 (setor único/2º lote)
Vendas: onticket.com.br

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