Zé do Caixão ganha homenagem com sessão de 'À Meia-Noite Levarei Sua Alma'

| 17/06/2020, 13:35 13:35 h | Atualizado em 17/06/2020, 13:44

srcset="https://cdn2.tribunaonline.com.br/prod/2019-10/372x236/ze-do-caixao-07920350ca023e2c3c95b010b2ec97a2/ScaleUpProportional-1.webp?fallback=%2Fprod%2F2019-10%2Fze-do-caixao-07920350ca023e2c3c95b010b2ec97a2.jpg%3Fxid%3D127468&xid=127468 600w, Zé do Caixão: clássico do horror

Em comemoração ao Dia do Cinema Nacional, celebrado em 19 de junho, o MIS (Museu da Imagem e do Som) preparou uma homenagem especial a um dos maiores diretores brasileiros: José Mojica Marins (1936-2020).

A sessão será realizada gratuitamente pelo YouTube do MIS, mediante inscrição, no sábado (20). Para iniciar a celebração, o clássico "À Meia-Noite Levarei Sua Alma" (1964, 16 anos), em que Mojica é diretor e interpreta Zé do Caixão (seu personagem mais famoso), será exibido.

"A escolha do filme vem para apresentar ao público essa grande obra-prima do cinema nacional em que o personagem Zé do Caixão aparece pela primeira vez e para prestar homenagem ao cineasta que morreu em fevereiro", diz Guilherme Pacheco, coordenador do Pontos MIS, programa que realiza semanalmente a exibição digital de um filme seguido de bate-papo ao vivo no canal do YouTube do MIS.

A trama -que faz parte da lista dos 100 melhores filmes brasileiros de todos os tempos feita pela Abraccine (Associação Brasileira de Críticos de Cinema)- apresenta o cruel agente funerário Zé do Caixão, que vive a obsessão de encontrar a mulher superior, capaz de gerar o filho perfeito, e perpetuar o seu sangue. Para isso, não hesita em matar todos que ousam interferir em seu plano.

"Ele é principalmente conhecido pelos filmes de terror, mas transitou por drama, aventura, faroeste, pela pornochancada. Foi desprezado pela crítica, depois reverenciado por essa mesma crítica. Enfim, possui uma contribuição simbólica gigantesca na produção nacional, principalmente na capacidade de realização, pois realizou muitos filmes em períodos de escassez de recursos e censura estatal [pela ditadura civil-militar do Brasil]", destaca Pacheco.

Considerado o "pai do terror nacional", o paulista influenciou várias gerações e é reverenciado até os dias de hoje. "A partir do cinema de gênero, Mojica, como criador, elevou o cinema nacional a outros patamares, sendo reconhecido como influência de grandes diretores mundiais, como Tim Burton. Seu principal personagem, o Zé do Caixão, é definitivamente um personagem que figura no imaginário popular de todos os brasileiros", conclui Guilherme Pacheco.

SUGERIMOS PARA VOCÊ: