Hospital nega acesso de prontuário e interrompe investigação

Paciente precisa autorizar acesso ao conteúdo solicitado pelo Conselho Regional de Enfermagem de SP, diz a instituição

Larissa Maestri, com informações do G1 | 05/07/2022, 18:30 18:30 h | Atualizado em 05/07/2022, 18:31

srcset="https://cdn2.tribunaonline.com.br/img/inline/110000/372x236/inline_00119441_00/ScaleUpProportional-1.webp?fallback=%2Fimg%2Finline%2F110000%2Finline_00119441_00.jpg%3Fxid%3D354994&xid=354994 600w, Klara Castanho teve informações vazadas por hospital
 

O hospital em que a atriz Klara Castanho realizou o parto depois de ter sido vítima de um estupro negou informações sobre a realização do procedimento ao Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo (Coren-SP), que investiga a conduta médica envolvida. O comunicado foi feito pelo conselho nesta segunda-feira.

A justificativa apresentada pelo hospital ao Coren-SP, é de que, primeiro, deve haver uma autorização prévia da paciente, seguindo o previsto em resoluções do Conselho Federal de Medicina (CFM) e no Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem, segundo informações do G1.

Com as investigações interrompidas, o Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo fica impossibilitado de descobrir os profissionais responsáveis pelo vazamento das informações confidenciais sobre a atriz.

“O Coren-SP informa que solicitou o prontuário de atendimento da atriz vítima de vazamento de informações sigilosas ao hospital onde ela foi atendida, mas o acesso ao documento foi negado ao conselho pela instituição sob a justificativa de necessidade de autorização prévia da paciente, seguindo o previsto em resoluções do Conselho Federal de Medicina (CFM) e no Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem”, informou a nota.

Entenda o caso envolvendo Klara Castanho

No dia 25 de junho, Klara Castanho divulgou uma carta aberta, revelando ter engravidado vítima de um estupro e ter entregue o filho para adoção. Além de toda o trauma que vivenciou, antes do desabafo, a atriz teve sua privacidade violada, já que não desejava que a situação fosse exposta.

Em sua carta aberta, Klara contou que uma enfermeira de dentro do Hospital, teria repassado as informações sobre sua gravidez e a doação do filho para adoção a um jornalista.

Diante disso, o Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo (COREN-SP) e o hospital se pronunciaram e abriram uma investigação para apurar os fatos.

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