Franciely Freduzeski: “Depressão ensina você a se olhar, não julgar”

| 06/04/2020, 15:10 15:10 h | Atualizado em 06/04/2020, 15:56

srcset="https://cdn2.tribunaonline.com.br/prod/2020-04/372x236/franciely-freduzeski-88175178f5ecdfb922790016408f125d/ScaleUpProportional-1.webp?fallback=%2Fprod%2F2020-04%2Ffranciely-freduzeski-88175178f5ecdfb922790016408f125d.jpg%3Fxid%3D116335&xid=116335 600w, "Você aprende a ser mais bondosa e olhar para as dores suas e dos outros. O que posso agradecer dessa terrível e miserável doença é que me fez amar mais a natureza”, disse Franciely Freduzeski
Das lições contidas na cartilha da vida, a atriz paranaense Franciely Freduzeski já superou algumas. E ela segue firme com sua bagagem de aprendizado. Pronta para a luta!

Aos 41 anos, a gata revela ao AT2 que há cerca de dois anos teve depressão. “Estou em tratamento ainda. Não sei até quando terei altos e baixos. Tudo em mim é mais intenso. Meu corpo sente isso e me para. Mas a depressão também ensina você a se olhar, não julgar”, explica a atriz, ex de Neymar da Silva Santos, pai do jogador Neymar.

Nesse novo capítulo da sua vida, Franciely passou a enxergar tudo com outros olhos. “Você aprende a ser mais bondosa e olhar para as dores suas e dos outros. O que posso agradecer dessa terrível e miserável doença é que me fez amar mais a natureza”, destaca a atriz, que está na reprise de “O Clone”, no canal Viva.

A depressão veio com o diagnóstico da polineuropatia desmielinizante inflamatória crônica (CIDP), que é uma doença autoimune que provoca dores no corpo.


ENTREVISTA | Franciely Freduzeski, atriz “Eu fiquei mais seletiva”


AT2 - Você está novamente no ar, interpretando Beta em “O Clone”. Você revê?
Franciely Freduzeski - Eu não revejo, não. Até porque me mandam as cenas em que eu apareço. (Risos) Quando me vejo, sinto saudades. Penso: “Nossa! Olha meu cabelo, olha fulano, nossa como foi engraçado esse dia...”. Sinto orgulho de ter feito parte de um grande elenco e ter tido a Glória Perez como a maestra desse projeto incrível!

Foi sua primeira novela. Fala sobre essa experiência?
Foi um trabalho maravilhoso, mas, ao mesmo tempo, tive medo de não acompanhar o ritmo, porque as gravações de novela são com mais câmeras e têm toda uma dinâmica diferente.
Mas tive ajuda dos meus colegas que contracenavam comigo e os diretores, que eram sempre muito atenciosos. Aprendi muito.

Junto à saudade, quais lembranças têm dessa sua estreia?
Lembro de ter ensaiado muito a dança que foi ao ar com o ator Luciano Szafir. Tenho saudades de quando gravávamos na praia. Era sempre um clima muito descontraído e alegre.

A Beta ainda é reconhecida pelos fãs?
Sim! É o meu trabalho mais lembrado. “O Clone” foi exibido em muitos países e atingiu todas as classes. Foi uma época em que a cultura árabe era novidade e gerava curiosidade.

Dando um salto do primeiro para o último trabalho na TV, que foi a novela “Orgulho e Paixão” (2018), dá para sentir falta do agito que é trabalhar na TV?
Sinto saudade de atuar de maneira geral, principalmente no teatro. Mas também está sendo bom fazer essa pausa porque estou cuidando da minha saúde, abrindo outras opções para a minha vida. Não estou parada.

E quais são seus próximos projetos profissionais?
Não tenho projetos. Desde que voltei de uma temporada nos Estados Unidos, as coisas estão muito difíceis. Perdi espaço e também me interessei por outras coisas.

Eu fiquei mais seletiva, mas continuo fazendo meus cursos, quando acho algum interessante. Já pensei em montar uma peça. Escolhi texto, produção, tudo, mas fiquei doente e, por causa disso, vieram muitos problemas e tive que mudar minhas prioridades.

Não está parada. O que tem feito?
Além de me cuidar, cuidar da minha saúde, estou estudando Psicologia e trabalho em uma ONG. Lá, dou aula de teatro, reforço escolar e inglês para eles.

Já definiu novos projetos?
Hoje, o mais importante é me cuidar. Tenho um filho (Lucas, 18 anos) que também se mudou para outro estado para jogar futebol e precisei estar bem por ele. Mas é claro que, se surgir um convite interessante, vou adorar!


O que ela diz


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“Perfeição não existe”

“Não sou contra plásticas, mas vaidade tem limite. Perfeição não existe. Estou passando por uma lição de vida inesquecível”, afirma a atriz.

“Preço pode ser muito alto”

“Pensem um pouco mais nas suas vaidades, ouçam seus médicos. Depois o preço pode ser muito alto”, disse Franciely Freduzeski, por meio de stories no seu Instagram, sobre uma neurite, uma lesão inflamatória dos nervos que a levou a uma internação de urgência, em agosto de 2019. Há sete anos, ela havia injetado uma dose de Metacril nos glúteos. Essa substância é a mesma que levou a ex-modelo Andressa Urach para a UTI.

“Corri o risco de perder o movimento”

“Ninguém falava que era o Metracril que eu havia colocado escondido na época que estava na moda. Lembro que minha dermatologista não autorizou, me falou dos males. Corri o risco de perder o movimento inteiro do meu corpo”, explicou a atriz, à Quem, detalhando que fez o procedimento estético para consertar um furúnculo.
 

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