Energia: após 9 anos, culpar “MP da Dilma” já deu
Autoridades, parlamentares e dirigentes de empresas de energia repetem a ladainha, nove anos depois, de que a responsabilidade pela crise energética no Brasil seria da medida provisória 579, a “MP da Dilma”, de 2012.
Técnicos experientes acham que o principal problema é mesmo a falta de planejamento provocado por uma crise ainda maior, hoje: a crise de talentos. Autoridades negligenciaram o planejamento do setor, subestimaram o caos iminente e apostaram fichas em São Pedro.
Pedidos na noite
O ministro de Minas e Energia, almirante Bento de Albuquerque (foto), homem de bem, tenta aprender na crise, mas acaba à mercê de conversadores de fala fácil.
Barata tonta
A secretária executiva de Bento é contadora. Trabalha muito e dá trela a entidades e pessoas que inclusive orientaram Dilma na sua MP 579.
Paralisia geral
Nove anos depois, as autoridades quase nada fizeram contra problemas criados pela “MP da Dilma”, iniciados logo após a sua promulgação.
Tempo perdido
Para se fazer ideia do tempo perdido, nove anos seriam suficientes, por exemplo, para construir hidrelétricas e até reator nuclear.
Muitos pedidos fazem China atrasar IFA ao Brasil
Ao negar “crise” política ou diplomática com o Brasil, o embaixador chinês em Brasília, Yang Wanming, explicou que a demora no envio do insumo de vacinas IFA tem a ver com a grande demanda de outros países.
Ele explicou a Aécio Neves, presidente da Comissão de Relações Exteriores da Câmara, que a China já exportou vacinas para mais de 100 países, no total de 300 milhões de doses, e criticou países ricos da União Europeia e os Estados Unidos por não fazerem o mesmo.
Solidariedade negada
Durante a conversa com Aécio, na manhã de sexta-feira, Wanming criticou duramente a falta de solidariedade das nações ricas do Ocidente.
Meu pirão primeiro
O embaixador da China tem razão: desde 2020, os EUA dificultam a saída de vacinas para outros países, sobretudo os mais pobres.
Só pensam neles
O Parlamento Europeu discute uma crueldade: proibir a exportação de vacinas produzidas em qualquer dos 27 países-membros.
Alívio no Planalto
O habeas corpus do ministro Ricardo Lewandowski aliviou os amigos de Eduardo Pazuello no Planalto. Diziam ter a informação de que havia um acerto para humilhar o ex-ministro, fazendo-o sair da CPI algemado.
Desaforos na CPI
O ex-ministro Eduardo Pazuello deve se preparar para um longo exercício de paciência. Ganhou o direito de ficar calado, mas durante horas ouvirá desaforos dos senadores de oposição na CPI da Covid.
Marca importante
O Brasil ultrapassou a marca de 18% de toda a população vacinada com pelo menos uma dose da vacina contra a Covid-19, na sexta-feira. No mundo, a média não passa dos 9%.
Queda bem-vinda
Se a média de novos casos de Covid parece ter estabilizado entre 59 mil e 61 mil ao dia, a média de mortes, o que realmente importa, segue em tendência de queda. Caiu abaixo de 1,9 mil pela 1ª vez em dois meses.
Salve, Enciclopédia
Se vivo fosse, o bicampeão mundial Nilton Santos, a Enciclopédia, completaria 96 anos hoje. Em 2000, o botafoguense histórico foi eleito pela Fifa o melhor lateral esquerdo de todos os tempos.
Dia do gari
Dedicado à turma da limpeza pública, o Dia do Gari é celebrado em 16 de maio. O termo gari homenageia o francês Pedro Aleixo Gary, que em 1976 fundou a primeira empresa de coleta de lixo do Rio de Janeiro.
Nunes Marques, 49
Kassio Nunes Marques comemora aniversário pela primeira vez como ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). Nascido em Teresina (PI), ele completa 49 anos hoje.
Vem pra rua
Viraliza entre bolsonaristas a campanha “Lula vem pra rua”, do deputado Otoni de Paula (PSC-RJ), desafiando o petista a fazer como o presidente Bolsonaro, sair às ruas e ser aclamado aos gritos de “mito”.
Pensando bem...
...insultos, ameaças de prisão, Pfizer, habeas corpus... imagine se a CPI investigasse os bilhões roubados nos estados e municípios.
Poder sem pudor
Milagre da multiplicação
Ao participar certa vez de um painel na Conferência dos Advogados, em Florianópolis, o jurista Ives Gandra Martins arrancou risos ao fazer uma analogia entre o aumento da carga tributária brasileira e a passagem bíblica em que Pedro informa a Cristo que os romanos estão cobrando impostos dos nativos de Israel. Cristo manda Pedro pegar um peixe e pagar o imposto.
“Qual a lição com esse fato? Primeiro, que a carga tributária em Israel já era injusta, sendo incomensuravelmente menor que no Brasil; e segundo que, para pagar os tributos, Cristo foi obrigado a fazer milagres...”
Colaboram: André Brito e Tiago Vasconcelos