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Economia

Empresas capixabas de tecnologia tentam ganhar o primeiro bilhão de dólares


“Startup”. O termo, em inglês, tão repetido por aí, serve para designar uma empresa de tecnologia em fase inicial, mas com uma grande ideia inovadora, que lhe dá ampla possibilidade de valorização. E os negócios desse tipo no Estado ganham destaque nacional e até inte rnacional.

Nomes como PicPay, Liberfly, Dersalis e Olho do Dono estão nesta lista. Algumas dessas empresas têm a expectativa de alcançar um valor de mercado superior a R$ 1 bilhão, o que equivale a R$ 4,3 bilhões, na cotação mais atual.

A meta da Liberfly, que ajuda passageiros que tiveram problemas com voos a conseguirem compensação financeira, por exemplo, é chegar à marca em 2022. “Estamos trabalhando para isso”, destacou Gabriel Zanette, um dos fundadores da Liberfly.

Essas novas empresas são chamadas de startups por terem um modelo de negócio escalável e repetível. Ou seja: elas conseguem atuar em diferentes praças, mantendo preço e qualidade dos produtos e serviços graças à tecnologia.

As startups que alcançam valor de mercado superior a US$ 1 bilhão são chamadas de unicórnios. O CEO da aceleradora de startups Azys Inovação, Denis Ferrari, apontou algumas empresas capixabas que têm potencial para isso.

“Com base nos resultados que a Dersalis e o Olho do Dono vêm apresentando, elas vão se tornar unicórnio nos próximos três anos”.

A Dersalis criou uma pulseira que analisa dados vitais de colaboradores de empresas, em operações arriscadas. Atua em mineradoras, empresas de transporte de carga perigosa e indústrias. “Bem aceita, ela nem precisa se internacionalizar para se tornar um unicórnio”, avaliou Denis Ferrari.

Já a Olho do Dono desenvolveu tecnologia que usa câmera 3D para pesar o boi no pasto, sem estresse para o animal. A empresa foi considerada a melhor startup da América Latina, no evento da Techcrunc.

O presidente da Associação Brasileira de Startups, Amure Pinho, destacou a PicPay — aplicativo de pagamentos digitais — como empresa com grande potencial de atingir a marca em dois anos.

“Queremos ajudar a revolucionar o sistema financeiro brasileiro”, disse o capixaba Dárcio Stehling, cofundador da empresa.

Outra aposta é a Feedback Hunter, primeira startup capixaba aprovada no programa de mentoria do Google.

Ajuda com problemas em voos

Imagem ilustrativa da imagem Empresas capixabas de tecnologia tentam ganhar o primeiro bilhão de dólares
Ari Moraes Júnior, Gabriel Zanette e César Ferrari fundaram a LiberFly |  Foto: Dayana Souza/ AT

Voos atrasados ou cancelados costumam criar transtorno para os passageiros. E para evitar a burocracia para conseguir a compensação financeira quando esse tipo de situação acontece é que surgiu a startup capixaba Liberfly.

Ela foi fundada por Ari Moraes Júnior e pelos capixabas Gabriel Zanette e César Ferrari. Os três são graduados em Direito.

Gabriel explicou que quem passa por esse tipo de situação pode procurar a empresa pelo site e relatar o que vivenciou. A empresa avalia o material e vê o que é possível fazer.

Ela atua buscando uma negociação com a companhia aérea e, em alguns casos, passa a demanda para escritórios de advocacia contratados que dão seguimento a elas. Pelo serviço, a empresa cobra 30% do valor que será recebido pelo cliente.

“Se o passageiro não quiser aguardar e nem se envolver com o processo, ele pode receber R$ 1 mil em até 48 horas, esquecer o assunto e deixar o resto com a empresa”.

Aceleração
A Liberfly foi escolhida para participar do programa Scale-Up da Endeavor. Trata-se de um programa de aceleração que conecta empreendedores aos maiores empresários do País, trazendo grandes perspectivas de crescimento.

Mais de 100 novas empresas inovadoras

O número de startups, no Estado chega a 118, segundo a Associação Brasileira do setor. Elas estão mais concentradas em Vitória. O termo startup é a definição para uma empresa de tecnologia em fase inicial, mas com uma ideia inovadora, que lhe dá ampla possibilidade de valorização

Os negócios são voltados para diferentes áreas como sistemas que permitem mais segurança no trânsito, plataformas de ensino, garçom digital, entre outras.

“O cenário mostra que o Estado consegue desenvolver negócios de grande potencial. Mas o número de startups ainda é menor, comparado a outras regiões do País”, explicou Amure Pinho, presidente da Associação Brasileira de Startups.

Para quem deseja empreender, Amure defendeu que não é necessário ter medo de competição. “É preciso pensar: o problema que eu estou resolvendo tem um mercado? Eu tenho potencial para resolvê-lo melhor que os outros? Eu tenho contexto com esse problema que quero resolver?”, aconselhou.

Entre as startups que contribuem para o setor de transportes está a Motora. Ela utiliza tecnologia de visão computacional para avaliar como o motorista está dirigindo.

O diretor técnico da empresa, Lauro José Lyrio Júnior, explicou que ela aponta se o motorista fura o sinal vermelho, se está falando ao celular enquanto dirige, se está com indícios de fadiga. “Uma vez que o motorista apresenta determinado déficit, a empresa pode atuar ali”.

Já entre as startups do setor financeiro está a Mobby. “Nosso diferencial é que unimos tecnologia e responsabilidade social. Por isso, parte do dinheiro que arrecadamos é doada para ONGs cadastradas em nosso site. Ou seja, toda vez que alguém usa a Mobby está ajudando uma instituição”, explicou o CEO da startup, Robson Mattos.

Isabela Virgínio Macêdo, 30 anos, é fisioterapeuta e tem uma clínica de saúde e estética que leva seu nome, em um shopping na Serra. Ela usa a maquininha e contou que está muito satisfeita. “É ágil, tem taxas atrativas e suporte técnico eficiente!”, elogiou.

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CEO da Mobby, Robson Mattos mostra à empresária Isabela Virgínio Macêdo a maquininha de cartão |  Foto: Kadidja Fernandes/ AT

Bilionária nasceu no Estado

O Espírito Santo já foi celeiro de um dos unicórnios brasileiros – startup com valor de mercado superior a 1 bilhão de dólares – o PagSeguro, conforme lembrou o futurista Leonardo Carraretto.

Nascido em Guarapari, Sergio Costa Faria foi quem criou a BRpay, startup capixaba que foi vendia para a UOL e deu origem ao PagSeguro.

São raras as empresas brasileiras que se tornaram unicórnios, outros exemplos são a 99 que atua com transporte de passageiros acionados por aplicativos; o Nubank, que oferece serviços financeiros para quem busca mais velocidade e menos burocracia.

Também está entre elas a Arco Educação, que utiliza tecnologia como instrumento para potencializar a gestão e o processo pedagógico das escolas.

Finanças
O Brasil tem quatro startups que atuam na área de finanças entre as cem mais inovadoras do mundo.

Elas foram apontadas pelo relatório Fintech100 de 2019 elaborado pela KPMG. As empresas são as seguintes: Nubank, Banco Inter, Creditas e Rebel.

ANÁLISE

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Eduardo Araújo, economista |  Foto: Divulgação
“Ganhos com investimentos em startups dependem da valorização das empresas no mercado”

“As possibilidades de ganhos com investimentos em startups refere-se às chances de valorização dessas empresas. Quem investe se torna dono de parte do negócio.

Quando o empreendimento próspera, o investidor pode vender sua participação inicial por um preço maior que pagou e, com isso, lucrar.

Os processos de aquisição ainda são muito restritos ao público em geral. Mas, vem se popularizando as plataformas de equity crowdfunding (financiamento coletivo de empresas) que permitem aplicar valor de até R$ 1.000 em startups.

Funciona assim: as startups apresentam seu perfil na plataforma e dizem o quanto dinheiro querem levantar. Depois, os interessados acessam o site e reservam a quantidade de cotas desejadas, adquirindo um pedaço do capital dessas empresas.

Porém, há baixa liquidez para se desfazer desses investimentos. O risco de perda do capital investido é alto. O ideal mesmo é contar com a ajuda de um consultor financeiro especializado para estudo criterioso das oportunidades.”

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