X

Olá! Você atingiu o número máximo de leituras de nossas matérias especiais.

Para ganhar 90 dias de acesso gratuito para ler nosso conteúdo premium, basta preencher os campos abaixo.

Já possui conta?

Login

Esqueci minha senha

Não tem conta? Acesse e saiba como!

Atualize seus dados

Pernambuco
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Pernambuco
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Espírito Santo
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Espírito Santo
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo

Coronavírus

Em isolamento, Uip vê momento difícil à frente


Imagem ilustrativa da imagem Em isolamento, Uip vê momento difícil à frente
Médico infectologista David Uip |  Foto: Foto: ALICE VERGUEIRO/ESTADÃO CONTEÚDO

Diagnosticado com covid-19 e em quarentena, o infectologista David Uip afirmou que está sendo difícil ficar isolado "sabendo que o mundo está caindo na sua frente". Em áudio enviado ao Ministério Público de São Paulo, o chefe do Centro de Contingenciamento do Coronavírus defende o isolamento social para achatar a curva de infecção, diz que auge da doença virá entre abril e maio, mas pede tranquilidade à população.

"Eu estou aqui na minha quarentena, estou enjaulado. É difícil você ficar isolado sabendo que o mundo está caindo na sua frente, mas faz parte da doença e eu tenho de cumprir a minha parte, à semelhança de tantos outros brasileiros que estão isolados", disse Uip. Segundo o infectologista, está havendo "confusão na mídia" em relação aos dados do Ministério da Saúde. A pasta atualiza números somente de pessoas diagnosticadas com o novo coronavírus, pois no Brasil só é testado quem está em estágio grave da doença - isso acaba deixando de fora quem está com o coronavírus, mas com poucos ou nenhum sintoma. "É um numerador baixo. Diferente do que se você testasse toda a população", explica. "Se a gente trabalhar com o denominador só de doentes versus mortes, nós vamos ter letalidade muito alta. Agora, se nós trabalharmos com uma população imensa que faz exames e com a letalidade que é a mesma, vamos ter uma letalidade baixa, seguramente abaixo de 1%."

O infectologista relembra que qualquer um pode ser infectado e qualquer um pode ficar em estado grave. Uip afirma ainda aos promotores que, na sua opinião, o Brasil ainda não chegou ao auge da doença e, quando isso ocorrer, todo o sistema de saúde e o econômico enfrentarão dificuldades. "Isso vai acontecer durante o mês de abril e maio, e teremos grandes dificuldades. Tanto para o sistema público e privado de saúde quanto para o sistema econômico. Não tem muito jeito, nós vamos ter de passar por isso, à semelhança de outros países."

O médico defendeu o distanciamento social como forma de achatar a curva de ascensão da doença. A medida é recomendada por órgãos de saúde, como a Organização Mundial da Saúde, mas enfrenta resistência no governo federal, que encabeça iniciativa por um isolamento "vertical", no qual apenas idosos e pessoas do grupo de risco ficam em casa.

Uip destaca que o isolamento serve para minimizar os impactos no serviço de saúde. "Se as pessoas não entenderem que confinamento, neste momento, é importante, nós vamos ter uma subida rápida do pico de doentes e isso vai ter repercussão em todo o sistema." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
 

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Leia os termos de uso

SUGERIMOS PARA VOCÊ: