Especialistas em saúde defendem posse dos prefeitos eleitos sem convidados

| 08/12/2020, 17:28 17:28 h | Atualizado em 08/12/2020, 17:42

srcset="https://cdn2.tribunaonline.com.br/prod/2020-12/372x236/politicos-eleitos-devem-tomar-medidas-para-evitar-aglomeracao-nas-cerimonias-de-posse-308a027d561b61d9fc5a079e5369612e/ScaleUpProportional-1.webp?fallback=%2Fprod%2F2020-12%2Fpoliticos-eleitos-devem-tomar-medidas-para-evitar-aglomeracao-nas-cerimonias-de-posse-308a027d561b61d9fc5a079e5369612e.jpeg%3Fxid%3D153583&xid=153583 600w, Políticos eleitos devem tomar medidas para evitar aglomeração nas cerimônias de posse

Tradicional no dia 1º de janeiro, a posse de prefeitos eleitos em 2021 conta com a presença indesejável da pandemia. Por conta da Covid-19 – que vem registrando nova ascensão –, especialistas na área sugerem que, em caso de não poder cancelar os eventos, que eles aconteçam em áreas abertas, sem convidados e sem buffet.

Pós-doutora em Epidemiologia, Ethel Maciel afirma que, preferencialmente, as posses deveriam acontecer em “lugar aberto”, “porque aí teriam menos problemas de transmissão de Covid-19”.

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“Não deveriam ser posses festivas, com comidas e bebidas, porque isso aumenta o tempo de contato entre as pessoas e mistura muita gente. O ideal é uma posse que durasse apenas o período essencial. E, obviamente, com uso de máscara e distanciamento físico. As cadeiras deveriam ser organizadas de forma afastadas. Além de ter álcool em gel”, elenca Ethel.

As posses, como de costume, acontecem nas Câmaras de Vereadores e reúnem políticos aliados, secretários escolhidos, assessores, parentes dos eleitos – num ambiente de formalidade, mas também de comemoração e discursos efusivos, com galerias cheias.

Por isso a médica especialista em infectologia, Rúbia Miossi, defende que “a posse ideal” reuniria apenas os empossados – prefeito e vice – e pessoas indispensáveis para o ritual. “Sem nenhum tipo de parente, assessor, nada, nem ninguém. Só quem vai assumir cargo e de preferência em sessão online”, completa.

Em Vitória, Lorenzo Pazolini (Republicanos) diz que sua posse ainda está sendo definida, “justamente por conta da pandemia”.

Em Cariacica, Euclério Sampaio (DEM) está em situação parecida, e tem reunião marcada para hoje, a fim de programar como será o evento do dia 1º de janeiro.

Em Vila Velha, Arnaldinho Borgo (Podemos) disse que fará algo semelhante como na convenção que lançou seu nome como candidato. “Traremos um formato que atenderá as legislações para atender militantes, os moradores da cidade, autoridades e imprensa”.

Na Serra, Sergio Vidigal (PDT) disse que seguirá “orientações e protocolos estabelecidos para a realização da posse”, mas sem especificar como será na prática.
 


SAIBA MAIS


Posses

  • Acontecem no dia 1º de janeiro. Os quatro eleitos em Vitória, Vila Velha, Serra e Cariacica confirmaram a tradicional data.

Como será

  • Lorenzo Pazolini e Euclério Sampaio ainda não definiram como serão suas cerimônias. Sergio Vidigal disse que vai respeitar protocolos, mas não detalhou exatamente como eles serão aplicados ao evento. Arnaldinho Borgo afirmou que respeitará o distanciamento social, mas de modo que ainda assim consiga receber imprensa, militantes e autoridades.

Como costuma ser

  • Nas Câmaras de Vereadores, com presença de parentes próximos, políticos aliados, secretários, assessores, cabos eleitorais e autoridades. Fotos e vídeos de posses em 2017 mostram galerias e plenários cheios.

Medidas sanitárias

  • Especialistas dizem que, do ponto de vista sanitário, o ideal é que as posses sejam online. E, caso sejam presenciais, sem buffets, sem a presença de populares, autoridades, parentes – comente com os eleitos o indispensáveis para o ritual.

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