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Tribuna Livre

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Colunista

Leitores do Jornal A Tribuna

Efeitos das mudanças climáticas na sociedade contemporânea

| 03/03/2020, 07:36 07:36 h | Atualizado em 03/03/2020, 07:40

Os fenômenos climáticos ocorridos nestes primeiros meses de 2020 em nível mundial – como o registro histórico de temperatura acima dos 20°C na Antártica – e nacional em decorrência das chuvas ocorridas no sudeste brasileiro, com sérias consequências no Espírito Santo, trouxeram questionamentos não só para as vítimas, mas para aqueles que assistiram às cenas desses acontecimentos. Mas quais seriam os motivos? Quem são os responsáveis?

São muitas as influências para a ocorrência de tais fatos, sobretudo as que se relacionam aos problemas ambientais agravados a partir do século 19 – com a Revolução Industrial, e intensificados nas últimas décadas por meio do desmatamento, da queima de combustíveis fósseis (carvão, petróleo e derivados), da agropecuária, do desperdício de alimentos e da produção de energia elétrica.

Fatores esses que contribuíram no aumento da concentração de Gases de Efeito Estufa (GEEs) na atmosfera da Terra, implicando na elevação da temperatura global e nos extremos climáticos que temos assistido, como: secas, enchentes, ondas de calor e tempestades.

Especialistas em clima dão conta de que esses fenômenos não ocorrerão de forma isolada, mas se tornarão ainda mais recorrentes e intensos, não podendo ser evitados.

O fato é que muitos dos efeitos das mudanças climáticas já alcançaram ecossistemas e comprometeram o sistema climático do planeta. As consequências dessas alterações tendem a permanecer por muitos séculos, mesmo interrompendo as emissões.

A Organização das Nações Unidas (ONU) busca esforços para limitar o aumento da temperatura a 1,5°C para evitar o agravamento dos impactos, nas próximas décadas. Para isso, faz-se necessária a adoção de ações mais sustentáveis por parte dos setores público e privado, bem como a de todos nós cidadãos, de modo a incutir mudanças de hábitos e a forma como lidamos com as escolhas dos serviços e produtos que consumimos – que incluem, entre outros, a economia dos recursos naturais e a preservação do meio ambiente.

Dentro desse entendimento, uma menor produção de lixo, a segregação e o descarte adequado dos resíduos para a reciclagem tornam-se indispensáveis.

A atenção à maneira como nos locomovemos faz muita diferença quando o assunto é minimizar os danos ambientais.

O uso da bicicleta e do transporte coletivo, como forma de deslocamento, evitam e/ou diminuem o lançamento de gases que favorecem o aquecimento global. A substituição de combustíveis fósseis por fontes de energia renováveis – como eólica, solar, biocombustível (etanol produzido a partir da cana-de-açúcar e milho), é uma das medidas necessárias para desacelerar as alterações no clima e influenciar em resultados positivos.

A mudança climática é um dos grandes desafios da sociedade contemporânea e exigirá a prática da sustentabilidade nas ações do cotidiano; do contrário as gerações futuras sofrerão os reflexos de fenômenos extremos ainda mais fortes, frequentes e danosos.

Alessandro Trazzi é biólogo e mestre em Engenharia Ambiental.
 

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