Ministério Público do DF abre inquérito para apurar possível quebra de isonomia no Enem

Agência Folhapress | 10/03/2022, 06:39 06:39 h | Atualizado em 10/03/2022, 06:47

O Ministério Público Federal no Distrito Federal abriu um inquérito civil para apurar se houve quebra de isonomia na aplicação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

Em 2021, a prova teve três versões: a digital, a presencial e a para pessoas privadas de liberdade (PPL). Pela metodologia da Teoria de Resposta ao Item (TRI), que considera o grau de dificuldade de cada questão, ao final as três versões tiveram notas máximas diferentes.

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Essas notas são consideradas para selecionar os alunos pelo Sistema Unificado de Seleção (Sisu) para universidades públicas. Alunos que tenham gabaritado as provas de versões diferentes concorrerão com notas diferentes.

A procuradora Ana Carolina Roman abriu um procedimento preliminar e entendeu ser necessário dar prosseguimento às diligências para "formação de convencimento" a cerca das medidas a serem adotadas.

Especialistas ouvidos pela reportagem afirmam que o TRI é uma metodologia já consolidada e que, se a calibragem das questões tiver sido da forma adequada, não há, a priori, quebra de isonomia. O método já faria a correção de eventuais distorções.

Procurado, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) não respondeu os contatos.

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