Login

Esqueci minha senha

Não tem conta? Acesse e saiba como!

Atualize seus dados

Pernambuco
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Pernambuco
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Espírito Santo
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Espírito Santo
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo

Tribuna Livre

Tribuna Livre

Colunista

Leitores do Jornal A Tribuna

Educação 4.0, o novo normal e o Enem

| 14/08/2020, 08:23 08:23 h | Atualizado em 14/08/2020, 08:25

Precisamos avançar para uma educação 4.0. Temos duas premissas: as mudanças na forma de se fazer quase tudo com a internet e as novas tecnologias e a nova base nacional comum curricular da educação (BNCC), principalmente do ensino médio. A pandemia acelerou a aplicação dessas bases, já atrasadas e agora urgentes.

Esta constatação está logo em seus eixos estruturantes: empreendedorismo, mediação e intervenção sociocultural, criatividade e investigação científica. De zero a dez, quanto as escolas do Brasil estão preparadas para estes quatro pilares? Podemos concluir que a média é baixa.

Este novo normal (mundo Vucad – Volátil, incerto, complexo, ambíguo e, agora, dangerous – perigoso) exige grandes mudanças: nos currículos, na metodologia e na postura dos alunos e professores. O currículo deve integrar-se com as novas linguagens, com a tecnologia 4.0 e com o novo conceito de mercado de trabalho.

Devemos inserir: as metodologias ativas para um aluno protagonista e solucionador; projetos com integração interdisciplinar, com intervenção e mediação sociocultural e possibilidade de serem incubados; alunos inseridos em um ambiente onde não exista uma única resposta e a criatividade e a inovação são as tônicas; as provas devem ser reais, com resultados medidos por rubricas, muita pesquisa com uso do mapa de empatia; a filosofia, abolida como disciplina obrigatória, deve ser a ética e o atendimento das necessidades da sociedade; formar cidadãos críticos para pensarem um novo conceito de sociedade, abrangendo a economia e a sustentabilidade.

Garantir uma boa base de matemática, línguas e ciências aplicadas e desenvolvimento de múltiplas habilidades, principalmente as emocionais.

Contudo, nosso paradigma é prepararmos nossos jovens no ensino médio focados só para a prova do Enem, a qual define o que será estudado. A maioria das escolas aguarda as mudanças no Enem para fazer o que chamamos de currículo reverso. Pensar o currículo só pelo Enem e não no que os jovens precisam para serem cidadãos e profissionais ativos neste novo normal.

Então, o Enem deve contemplar apenas linguagens e matemática e suas tecnologias, as bases imprescindíveis para todo cidadão.

As universidades ficariam à vontade para classificar os ingressantes só por esta prova ou aplicar uma outra com conhecimentos de áreas específicas para o dobro de alunos classificados na prova nacional. Assim, faríamos as inovações no ensino, abrindo novas possibilidades para nossos jovens.

A tarefa de resgatarmos o nosso atraso na educação será árdua e desafiadora. Com o Enem exigindo um currículo amplo e profundo e as escolas tendo-o como farol para montagem do currículo, seremos colonizados por países que preparam para as novas tecnologias e o empreendedorismo. Para avançarmos, uma boa dose do remédio está nas mudanças na educação e no Enem.

Fernando Cobe é diretor de colégio de educação básica e cursos técnicos

SUGERIMOS PARA VOCÊ: