Denúncia de alimentos vencidos e racionamento em plataformas do ES

Petroleiros reclamam da comida fornecida às plataformas P-57 e outras. Sindicato da categoria já solicitou solução imediata

Gustavo Andrade, do jornal A Tribuna | 20/01/2023, 16:56 16:56 h | Atualizado em 20/01/2023, 16:58

srcset="https://cdn2.tribunaonline.com.br/img/inline/130000/372x236/inline_00132787_00/ScaleUpProportional-1.webp?fallback=%2Fimg%2Finline%2F130000%2Finline_00132787_00.jpg%3Fxid%3D472414&xid=472414 600w, Plataforma P-57, da Petrobras: segundo trabalhadores, gerentes chegam a pedir comida a outras embarcações.
 

Profissionais que atuam na plataforma P-57 reclamam da comida que é fornecida a eles. São 150 funcionários que trabalham a bordo do flutuante da Petrobras no campo de Jubarte, na porção capixaba da Bacia de Campos, a 75 km de Anchieta – e a 110 km de Vitória.

Há um ano diversas queixas vêm sendo feitas sobre a alimentação, tanto na P-57 quanto em outras plataformas. Os relatos vão desde o racionamento de itens – a ponto de gerentes terem que pedir comida em outras plataformas, como a P-58 – a alimentos que receberam vencidos.

A alimentação é fornecida pela empresa Cozivip, com sede em São Mateus, no Norte do Estado.

De acordo com os trabalhadores da P-57, já foram feitas reclamações inúmeras vezes para os responsáveis do contrato com a empresa que fornece os alimentos.

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O Sindicato dos Petroleiros do Espírito Santo (Sindipetro-ES) informou que enviou ofício à Cozivip solicitando esclarecimentos e uma “solução imediata para a falta de comida e a má qualidade dos itens oferecidos a bordo”. 

Além das queixas sobre alimentos que receberam vencidos, os funcionários também relatam que a comida é de má qualidade.

“Essa empresa fornece alimentação para a P-57 e também para outras plataformas, com a P-58. Temos diversos relatos sobre a falta de qualidade da comida. Por exemplo, colocam como sendo carne tipo A e fornecem tipo C”, afirma o coordenador-geral do Sindipetro-ES, Valnísio Hoffmann.

De acordo com o representante do sindicato, há um histórico de casos de alimentos vencidos que chegaram às plataformas. “E essa questão da falta de alimentos está acontecendo agora”, completa.

Inclusive os trabalhadores da P-57 receberam um comunicado informando sobre “baixa em reposições de alguns insumos, especificamente no fornecimento de desjejum, lanche da manhã, lanche da tarde e lanche da noite”.

Outro trecho do aviso diz que “devido à alteração do responsável pela programação dos barcos, seria necessário alterar a data do cluster (agrupamento) da última terça-feira (17) para domingo (22)”, e com isso o fornecimento de alguns insumos e itens seria impactado, como embutidos, frutas, hortaliças, verduras, iogurte e presuntos, ovos e queijos.

O coordenador-geral do Sindipetro-ES disse que o sindicato já enviou ofício e fez uma reunião com a empresa.


O OUTRO LADO


“Relatos infundados”

A empresa Cozivip informou ontem que desconhece as denúncias e diz que os relatos dos funcionários são “infundados”.

Já a Petrobras afirma que fiscaliza, de forma rotineira, os serviços de seus fornecedores. Quanto ao fornecimento de alimentação, “apesar das condições ambientais atípicas neste período, tais dificuldades logísticas não geraram qualquer racionamento de refeições”.

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