Economia dá ânimo e Aliança planeja mutirão
A postura um tanto blasé mantida em público pelo clã Bolsonaro e seus seguidores do Aliança em relação às eleições do ano que vem sofreu, em privado, uma inversão de sentido e já tem tons de euforia.
Os indicadores da economia e o viés de alta do governo nas pesquisas de avaliação estão orientando uma nova leitura do cenário: Jair Bolsonaro será grande cabo eleitoral das disputas municipais e precisa de um partido próprio. Com ou sem “boa vontade” do TSE nos processos digitais, os bolsonaristas se estruturam para colocar o Aliança em pé.
Analógico. Entidades ligadas a militares (incluindo policiais) em todo o País estão sendo procuradas para entrar na coleta de assinaturas à moda antiga. Deram sinal verde à demanda
Juntos. Também deverá haver apoio de grupos religiosos na coleta. A ideia é montar postos em praças e feiras. Se tudo sair conforme planejado, 1 milhão e meio de assinaturas serão entregues à Justiça Eleitoral no início de fevereiro.
Otimismo. Conforme mostrou a Coluna na semana passada, o governo acredita que Bolsonaro está em rota ascendente na opinião pública, embalado, principalmente, pela expectativa de melhora na economia.
Largada. PV, PSB, PDT e Rede se reúnem hoje para selecionar as cidades onde podem ter candidato único nas eleições do ano que vem. José Luiz Penna, presidente dos verdes, também quer que o grupo de centro-esquerda discuta a adoção do parlamentarismo.
CLICK. O advogado Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, discursa em homenagem ontem do Conselho Federal da OAB ao grupo jurídico Prerrogativas (Prerro).
Estica... Parte do grupo de senadores que defendem a aprovação do projeto de prisão após condenação em segunda instância avalia que o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, esticou a corda até onde pode para tentar barrar o avanço da proposta na CCJ.
...e puxa. Sem apoio, Alcolumbre teve de marcar a sessão da Casa para hoje à tarde, e não de manhã, quando normalmente ocorrem as reuniões da CCJ.
Sem bate-boca. O combativo deputado Júnior Bozzella (PSL-SP) passou os últimos dias articulando via WhatsApp. Motivo: tirou os sisos, os dentes do juízo, na sexta-feira passada.
Dedo... Com a disputa pela liderança do PSDB na Câmara acirrada, os padrinhos de Beto Pereira (MS) manobraram para adiantar em uma semana a eleição: precisam do voto de Miguel Haddad (SP), que nos próximos dias deixa o mandato por ser suplente.
...no olho. O método pouco convencional dá o tom do nível de “competitividade” da disputa, que poderá deixar sequelas na bancada até o fim da legislatura.
Ops. A confraternização da bancada tucana, inicialmente prevista para ontem, teve de ser adiada.
Roleta. O vice-governador do Rio, Cláudio Castro (PSC), defendeu a liberação dos cassinos em debate sobre o Porto Maravilha, projeto urbanístico da capital fluminense. Segundo ele, sob regras rígidas, a medida será uma “injeção de recursos fantástica”.
Roleta II. O evento era patrocinado pela Caixa Econômica Federal, que tem interesse na área do Porto Maravilha. Thaís Peters, vice-presidente do banco, porém, deu o cano. O deputado Hugo Leal (PSD-RJ) criticou o descaso.
BOMBOU NAS REDES
Sobre postagem de Eduardo Bolsonaro acerca de Paraisópolis
"Uma tragédia envolvendo nove vidas. E o mais importante é polarizar o País. Repugnante”
Pedro Cunha Lima, deputado federal (PSDB-PB)