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Tribuna Livre

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Colunista

Leitores do Jornal A Tribuna

É preciso mais atenção à vida e à respiração saudável

| 29/07/2020, 07:27 07:27 h | Atualizado em 29/07/2020, 07:34

Sabe-se que a poluição do ar pode comprometer a saúde da criança, do adulto ou do idoso. Lei ambiental a ser aplicada em prol da vida filtraria o ar em residências e nos ambientes eventuais do cotidiano. Onde quer que estejamos, a respiração deve ser salutar.

Em ruas e avenidas, transeuntes desconhecem ou preferem ignorar o impacto ambiental embutido no trânsito de cada dia. Enquanto não for adotada alternativa sustentável, o fluxo de veículos estará a emitir dióxido de carbono.

Ao falarmos dos cuidados com a saúde, não questionamos a qualidade do ar disponível no cotidiano. Por consequência, fumaça de cigarro ou de queimadas urbanas polui residências ou ambientes eventuais, sem que ninguém se sinta culpado. Doenças oportunistas seriam evitadas se cada cidadão reconhecesse o quanto é imprescindível o ar puro onde quer que ele esteja.

Por falta de consciência ambiental e políticas públicas focadas no nosso habitat, a respiração salutar está se tornando cada vez mais inviável, inclusive, em cidades sem poluição do ar oriunda de chaminés industriais. Temos que elaborar, com urgência, o projeto de vida saudável.

Toda fumaça é poluente, ainda que seja invisível e percebida mediante o cheiro específico. Lixo, papel, folhas, ou qualquer outro descarte, incinerados no próprio bairro, as partículas minúsculas existentes na fumaça, ao serem inaladas, vão se alojar nas artérias; para pessoas propensas ao AVC, infarto – segundo especialistas, o risco pode ser fatal.

Queima de fogos em festas ou comemorações, apesar de ser a cultura da alegria explosiva, é prejudicial à vida. No foguetório, dissemina-se a pólvora, substância altamente tóxica.

O habitat urbano é da natureza sensível à poluição. No entanto, são instaladas em bairros residenciais pequenas indústrias, oficinas mecânicas, serralherias. Nas redondezas insalubres, moradores são forçados a inalar substâncias tóxicas contidas no ar, e o barulho, acima dos decibéis toleráveis, inviabiliza o sossego residencial.

Complicações provocadas pela poluição do ar em portadores de problemas respiratórios ou doenças relacionadas ao coração, comprovam o tamanho do descaso. Portanto, a sociedade habituada a causar impacto ambiental em seu próprio habitat é omissa por não contribuir para a preservação da vida, embora abomine desmatamento na Amazônia.

A vida, mais sensível que a flor, carece de cuidados permanentes, por ser a continuidade existencial da criança recém-nascida, ou seja, precisamos inspirar ar puro, a cada segundo.

Ambientalistas defendem com veemência a preservação da fauna e da flora, no entanto, a natureza mais sensível encontra-se vulnerável. Não há no contexto ambiental, ativista em defesa da vida. Em um passado não muito distante, nosso planeta, sentindo-se febril em meio ao aquecimento global, gritou. Dessa vez, quem grita é a vida, sentindo-se hostilizada em meio a pendências ambientais nocivas à respiração.

Sebastião Pereira é membro da Academia Mateense de Letras

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