Login

Esqueci minha senha

Não tem conta? Acesse e saiba como!

Atualize seus dados

Pernambuco
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Pernambuco
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Espírito Santo
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Espírito Santo
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo

Painel

Painel

Colunista

Folha de São Paulo

E agora, José?

| 31/03/2020, 07:57 07:57 h | Atualizado em 31/03/2020, 08:01

A insatisfação dentro do governo Jair Bolsonaro com Luiz Henrique Mandetta (Saúde) transbordou os limites do Palácio do Planalto. Na equipe econômica, liderada por Paulo Guedes, as aparições frequentes do encarregado da Saúde viraram motivo de queixas.

O protagonismo do ministro com o coronavírus já havia despertado ciúmes do presidente e de assessores diretos, o que motivou a mudança de rotina de entrevista à imprensa com mais quatro da Esplanada nesta segunda (30).

Holofotes - O discurso que circula na equipe econômica é que, enquanto os outros estão trabalhando, o ministro da Saúde está na TV. Mandetta, porém, tem liderado a crise e sido ponto de apoio para governadores e prefeitos, apesar de ter se curvado, em alguns momentos, à pressão do presidente Jair Bolsonaro.

Entregas - Guedes, por outro lado, é o mais cobrado. Parte do empresariado e do mundo político se frustrou nesta segunda (30) por não ouvir nenhuma medida efetiva dele para o enfrentamento da crise do coronavírus.

Sem limites - Com a decisão do Supremo no fim de semana, que autoriza o governo a gastar sem o limite da lei fiscal, a expectativa era de que o ministro já tivesse algo em mãos e apresentaria imediatamente, o que não ocorreu. A amarra fiscal era o principal escudo de Guedes para evitar um eventual processo de impeachment.

Plugado - O ministro da Economia vem dizendo que, embora no Rio, participou ativamente dos anúncios da semana passada.

Nós contra eles - A insatisfação com Mandetta faz parte de um acirramento de atritos internos. Bolsonaro passou a avaliar ministros, segundo assessores, com base em apenas um critério: quem o defende e quem não.

Eles com eles - Colocado no lado dos que não endossaram o presidente, o ministro Sergio Moro (Justiça) usou o Twitter nesta segunda (30) para compartilhar e elogiar um artigo do ministro do STF Luiz Fux no jornal O Globo. No texto, o magistrado enaltece o trabalho de Mandetta na Saúde e diz que se "exige do homem médio ouvir e respeitar a Ciência".

Curti - Na postagem, Moro classificou o artigo como excelente e ainda recomendou aos seguidores: "prudência no momento é fundamental".

Siga... - Presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária, conhecida como bancada ruralista, o deputado federal Alceu Moreira (MDB-RS) diz que o agronegócio seguirá as orientações de isolamento social propostas pelo ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta. "Tudo é recuperável, mas só para os vivos", afirma.

... o mestre - Por outro lado, diz que não vai se indispor com o presidente. "O atual governo tem discursos direcionados ao eleitorado. Temos uma crise retórico-política."

Calculadora - O Ministério da Saúde lançou site que permite estimar a taxa de ocupação dos leitos nas cidades do país. Cruzando o número de internações por dia e o número de leitos disponíveis, a página mostra a pressão crescente sobre a rede assistencial. O site é o http://bit.ly/calculadoracovid.

Lá fora - Nos EUA, a situação é monitorada por página semelhante (https://covid19.healthdata.org/projections). Para o caso de Nova York, calcula-se que quando a crise atingir seu pico, em 9 de abril, haverá escassez de 58 mil leitos.

Família, família - Após apagar postagens do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) e do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), o Twitter também deletou mensagem publicada pelo deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) na rede social.

Não dê um rolê - A postagem continha vídeo do presidente no tour que fez no domingo (29) pelo Distrito Federal. A plataforma tem apagado tuítes que possam colocar as pessoas em risco na pandemia.

Sorteio - Até hoje, o Planalto fez cinco coletivas sobre a crise do coronavírus. Em cada uma, cinco órgãos de imprensa puderam fazer perguntas. A Folha não foi selecionada nenhuma vez. A Secretaria de Comunicação do governo Jair Bolsonaro diz que faz sorteio.

TIROTEIO

"Pela pasta da Justiça passam todos os temas da crise. A omissão, inexplicável, decorre de pedido do Bolsonaro ou de Moro?"

De José Eduardo Cardozo (PT), ex-ministro da Justiça, sobre o sumiço do ministro Sergio Moro durante a gestão da crise do novo coronavírus.

SUGERIMOS PARA VOCÊ: