Login

Esqueci minha senha

Não tem conta? Acesse e saiba como!

Atualize seus dados

Pernambuco
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Pernambuco
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Espírito Santo
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Espírito Santo
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo

Tribuna Livre

Tribuna Livre

Colunista

Leitores do Jornal A Tribuna

Duzentos anos da profissão que tem a missão de cuidar

| 17/05/2020, 10:20 10:20 h | Atualizado em 17/05/2020, 10:23

Neste mês de maio, a Enfermagem comemora 200 anos de reconhecimento dessa nobre profissão. E, por falar nisso, você, leitor, me reconhece? Eu sou aquele que o acolhe quando sua saúde se encontra debilitada, e que, em segurança, o admite e o coloca no leito. Sou aquele que troca a sua roupa, te cobre e deseja rápida recuperação. Dá as primeiras orientações para o convívio num ambiente frio e estranho, e que o orienta desde o momento que precede a gestação até o nascimento.
Aquele que dá os primeiros cuidados a seu filho e orienta como fazê-lo e acompanha o pós-parto até a hora em que os pais estejam aptos ao autocuidado.
Aquele que orienta os pais sobre higiene e cuidados com o umbigo, que instrui para a imunização periódica, e que acompanha as famílias na atenção à saúde primária em todas as fases da vida. Aquele que faz o exame físico, o diagnóstico e que prescreve cuidados.
Aquele que acompanha sua evolução mental, a estrutura muscular esquelética quando a idade dificulta os comandos do corpo. Quando é difícil se nutrir, sacio sua fome dando-lhe porções à boca. Sou sua voz quando não consegue falar, e que atenua a sequidão de sua boca com gaze molhada em água.
Nas necessidades fisiológicas sem controle, te auxilia e dá conforto e, se não consegue urinar, passa sonda na uretra e tudo se alivia. Quando debilitado e as pernas fraquejam, te ajudo a andar. E te auxilio a se comunicar quando a voz é bloqueada. Sou seus olhos quando a escuridão apaga a luz de seu olhar.
Se está acamado, mudo-o de decúbito para alívio às proeminências do corpo. E, quando está debilitado, o conduzo em cadeira de banho ao chuveiro e o auxilio.
Quando no leito, faço a higiene corporal e hidrato sua pele e previno lesões. Preparo seu leito de forma a evitar o enrugar do lençol e cisalhamento da pele, e cuido de suas feridas e amenizo sua dor com analgésico.

Agravou, sou aquele que usa tecnologia de ponta, acessa veia profunda, mede pressão venosa central, injeta fármacos prescritos e o estabiliza. Febril, aplico antitérmico, reavalio a temperatura até o equilíbrio térmico.

Infecção, dou antibiótico na hora certa até debelar o quadro. Sou aquele que afere temperatura, pulso, respiração e pressão arterial a cada 30 minutos.

Em dificuldade respiratória, instala oxigênio. Quando cessam os movimentos de seus pulmões e batimentos do coração, inicio reanimação. Se o corpo não responde a estímulos eletrofisiológicos e farmacológicos, estou ao seu lado.

Na batalha do dia a dia e nas pandemias, organiza escala de cuidados, prevê materiais, faz escala de trabalho e equilibra o emocional da equipe. No sistema de educação e saúde, atua no ensino médio e superior, faz pesquisa científica.

Sou aquele que passa vários anos na faculdade adquirindo conhecimento técnico e científico para cuidar de você, pois sou enfermeiro e me preparei para a missão mais bela do ser humano: o cuidar.

Jorge Guimarães de Souza é professor do Departamento de Enfermagem da Ufes e enfermeiro.

SUGERIMOS PARA VOCÊ: