Donos de bares de Cachoeiro fazem protesto reivindicando a reabertura
Donos de bares realizaram na tarde desta segunda-feira (6) uma manifestação na Praça Jerônimo Monteiro, Centro de Cachoeiro de Itapemirim, reivindicando a reabertura do comércio de bebida, atividade suspensa há mais de 100 dias em função da pandemia do coronavírus.
A manifestação se concentrou em frente ao Palácio Bernardino Monteiro, sede da prefeitura, de 16h às 17h40. “Queremos trabalhar”, gritavam os manifestantes, que seguravam cartazes com frases como “Não somos criminosos, nem bandidos”, ou “Temos contas a pagar”.
Em Cachoeiro, diferente da maioria dos comércios que pode abrir em horário reduzido e em dias alternados, o setor de bares só está autorizado a funcionar no sistema de delivery, modelo que, segundo os manifestantes, não funciona em função do tipo de produto que é vendido.
“Estamos há 110 dias sem poder trabalhar. Temos contas para pagar, água, luz, aluguel, imposto. Tem gente passando necessidade. Fizemos cesta básica para um amigo. Outros foram embora para a roça”, disse a comerciante Tuca Inocente, uma das lideranças do movimento.
Ela defende que os bares sejam autorizados a abrir com restrições, redução de mesas e medidas de higiene e uso de máscaras. “Meu comércio cabe 20 mesas, podemos colocar cinco, fica bem longe um do outro”, disse.
O comerciante Gleidson disse que foi obrigado a se adaptar ao serviço delivery, mas ressaltou que teve uma queda de 80% nas vendas. “Eu ainda consigo fazer o delivery pois sou novo, eu vendo, entrego. Meu pai cozinha. Mas tem gente que não tem condições”, disse.
Em nota, a prefeitura disse que tem poderes para aplicar restrições, mas que a flexibilização cabe ao Estado autorizar. “O que o município tem feito é levar o pleito dos segmentos para avaliação do Governo, como ocorreu com as academias, setor de eventos e comércio”, destacou.
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