Dono de bar relata desespero por comércio fechado durante pandemia
Lá se vão 102 dias desde que o tradicional Boteco do João, em Vitória, abriu as portas pela última vez. Obrigado a fechar por conta da pandemia do novo coronavírus, o comerciante João Luiz Mendes acumula prejuízos. “Não sabemos mais o que fazer. É desesperador”.
Localizado no bairro Santa Martha, o Boteco do João também não está atendendo por delivery, pois o proprietário diz que essa é uma opção inviável pelo tipo de prato que serve, a “comida de boteco”.
A situação vai continuar a mesma nos próximos 30 dias, já que o decreto que impede a abertura dos bares foi prorrogado por um mês.
“O ideal era liberar aos finais de semana, até as 16 horas, pelo menos. Se não for criado um horário específico para o funcionamento, muitos vão fechar”, disse João Luiz.
Segundo o Sindicato dos Restaurantes Bares e Similares do Estado, cerca de 4 mil bares e restaurantes já fecharam as portas por conta da crise, e 25 mil trabalhadores do setor foram demitidos.
Na próxima segunda-feira, donos de bares de todo o Estado farão um protesto em Vitória, saindo em carreata do Triângulo das Bermudas, na Praia do Canto, e indo até o Palácio Anchieta, no Centro.
O governo do Estado disse, por meio de nota, que “mantém diálogo permanente com representantes dos diferentes segmentos comerciais, buscando medidas que viabilizem o funcionamento dos estabelecimentos e que preservem a saúde e a segurança da população”.
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