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Tribuna Livre

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Colunista

Leitores do Jornal A Tribuna

Donald Trump, Brexit e eleições municipais

| 13/01/2020, 11:32 11:32 h | Atualizado em 13/01/2020, 11:35

Nós, brasileiros, vivenciamos nas últimas eleições nacionais uma guinada política. Sem qualquer juízo de valor, destaco apenas que foi possível verificar nas urnas uma escolha da substancial maioria da população para um lado conservador e liberal.
Após o pleito eleitoral, fora lançada toda a sorte de argumentos de desqualificação contra os eleitores do atual Presidente da República, desde alegação de pouca instrução a coisa pior. Parece um padrão.


O que acontece aqui vem ocorrendo mundo afora. Basta ver o que houve com Trump nas eleições americanas.

O uso de hasthtags como #NotMyPresident e os bordões “11/9 and 9/11” foram a tônica contra a eleição nos EUA, mesmo país onde o uso de expressões como “misogynist” e coisas do gênero se aplicaram ao candidato e seus eleitores.

No recente caso das eleições inglesas ocorreu algo parecido. O “Tory”, partido conservador do candidato Boris Johnson, foi eleito com larga vantagem.

O partido trabalhista, levou a maior sova desde 1935, parece questionar não apenas as eleições, mas o sistema político. Nasceu a frase “perdemos no voto, mas nossos argumentos são os melhores”.

Se pudessem, substituiriam, então, a massa popular de eleitores pelos “argumentos” dos iluminados do partido? E o que, até agora, tem isso tudo a ver com o Brasil e as eleições municipais?

Primeiro porque os que perderam as eleições, no Brasil, nos EUA e na Inglaterra, tomaram uma postura uníssona: passaram a se colocar num suposto patamar de superioridade moral, como se os eleitores dos vencedores fossem seres incultos.

Segundo porque os partidos que perderam as eleições começaram a questionar ou dar apoio a questionamentos, opondo-se ao sistema vigente validador do resultado, seja retardando os discursos de reconhecimento dos eleitos, seja usando expressões como “não é meu presidente”, ou “seremos resistência”.

A derrota nas urnas não gerou o desejo e a disposição para, humildemente, buscar entender onde está o erro que impediu a vitória e chegar a uma opção menos polarizada.

As nossas próximas eleições serão as municipais. E o Brasil será testado novamente.

Veremos se o avanço liberal e conservador fora uma onda passageira ou veio para ficar.

Nos EUA, o presidente parece massa de pão: quanto mais batem, mais cresce.

Na Inglaterra, Boris Johnson ganhou uma eleição e não conseguiu executar o Brexit; precisaram dissolver o Governo e convocar novas eleições gerais, para que o “Tory” ganhasse com vantagem, agora com um parlamento capaz de autorizar o Brexit.

Em novembro de 2020, o brasileiro mediano, aquele que votou nas eleições anteriores, dirá novamente, no voto, se sua escolha “mais à direita” fora, como acusam os que perderam no voto, um ato impulsivo, de pessoa com pouca instrução, de baixo valor moral ou se veremos a consolidação do avanço liberal e conservador.

As eleições municipais serão essenciais para o Brexit brasileiro: a consolidação de uma guinada contra a corrupção.

Luiz Henrique Antunes Alochio é advogado e doutor em Direito

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