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Tribuna Livre

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Colunista

Leitores do Jornal A Tribuna

Desafios da educação após a pandemia do novo coronavírus

| 06/07/2020, 07:16 07:16 h | Atualizado em 06/07/2020, 07:20

Estudos recentes, como em Todos pela Educação (05/2020), mostram que os desafios com que se defrontarão gestores e profissionais da Educação quando do retorno das aulas presenciais são de tal magnitude que exigirão do poder público ação intersetorial, envolvendo, primeiramente, as áreas da Saúde e da Assistência Social, de sorte que importante atenção seja dada à saúde emocional e física dos estudantes e educadores, bem como um programa de amparo e acompanhamento das famílias carentes.

É muito provável que se manifeste na comunidade escolar os efeitos psicológicos da quarentena, provocados pelo medo de infecção, perda de entes queridos, incertezas quanto aos recursos financeiros, falta de informação adequada etc.

No caso dos alunos, isso pode repercutir de modo negativo no seu desenvolvimento cognitivo, como reflexos adversos da incidência de Síndrome de Estresse Pós-Traumático. Com efeito, esta inédita situação demandará ações muito além de respostas puramente pedagógicas, urgindo-se desenvolver nos alunos a resiliência, a adaptabilidade, a confiança e a tolerância ao estresse e à frustração etc.

Além do cumprimento rigoroso dos protocolos de higiene para evitar ao máximo o contágio entre profissionais da Educação, alunos e suas famílias, compete aos gestores e educadores reorganizar o calendário escolar, seja mediante o cômputo de atividades realizadas a distância durante o isolamento, seja por meio da reposição da carga horária perdida, com vistas ao replanejamento das atividades pedagógicas, assegurando aos alunos o direito à aprendizagem prevista nos currículos, considerando a redução do tempo letivo presencial.

Além disso, uma vez que a suspensão temporária das aulas presenciais cria lacunas significativas no aprendizado sobretudo daqueles alunos em situação vulnerabilidade, é mister que se elabore estratégias para minimizar as defasagens potencializadas nesse interregno.

Por outro lado, a recente crise colocou em evidência algo que já vinha sendo expresso na Base Nacional Comum Curricular, ou seja, a importância das Tecnologias Digitais de Comunicação e Informação como poderosas ferramentas em favor da integralidade da educação.

De fato, é uma realidade inquestionável que os recursos tecnológicos são um facilitador educacional e um dinamizador do trabalho do professor. Ademais, uma das variáveis que exacerbam a discrepância cognitiva e posteriormente a capacidade produtiva entre estudantes de países emergentes e países desenvolvidos reside no domínio da informática e no uso intensivo de tecnologia conjugada à educação.

Nesse sentido, tendo em conta a observância de preceitos constitucionais e legais, com vistas à igualdade de oportunidades, independente de condições socioeconômicas, um dos maiores desafios do poder público após o retorno às aulas presenciais será não apenas criar infraestruturas digitais nas escolas, mas também oportunizar que os bens digitais atualmente restritos sejam democratizados.


Flávio Santos Oliveira é professor e doutor em História pela Ufes.

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