Decência e respeito...
Desportivamente, em qualquer dia, horário e local em que Vasco e Flamengo se enfrentarem, os rubro-negros estarão em posição de vantagem.
Pelo melhor elenco, tempo de maturação de seus times A e B e estruturação de trabalho. O retrospecto dos últimos anos mostra o irrefutável favoritismo. Mas, outra coisa é falarmos dos princípios da moral e da ética desportiva.
Neste sentido, a atitude de Rubens Lopes, o presidente da entidade, que transferiu para amanhã o confronto marcado para hoje, sem consultar os vascaínos, é arbitrária e nojenta.
O Artigo 14 do Regulamento Geral de Competições (RGC) da própria Federação determina as situações em que a tabela do Estadual pode ser alterada, depois de aprovada e publicada no site da entidade.
E em seu parágrafo segundo expressa que “qualquer pedido para alteração de data, horário, ou local de jogo somente será apreciado se for formulado de forma expressa e motivada com oito dias de antecedência... acompanhado do comprovante do exigível pagamento.”
Pedido
A tabela divulgada no final de dezembro previa o clássico para a noite desta quarta-feira e não haveria nada demais se o pedido de adiamento formulado pelo Flamengo tivesse obedecido o previsto no tal RGC.
Ou se a Ferj, zelando por um sistema desportivo justo e civilizado, acertasse com o Vasco o adiamento por 24 horas. O pleito rubro-negro seria justo fosse qual fosse o resultado da final da Supercopa disputada no domingo. Mas não fora do prazo ou sem comunicado prévio à outra parte interessada.
Mas na Federação de Rubens Lopes segue valendo a estrutura moral erguida com base em outros princípios. Por isso, o campeonato que ela promove (sic) e organiza (sic) perde valor comercial a cada ano e sai do interesse do público a cada edição.
Ninguém aguenta mais as manobras de gabinetes que ferem a ética desportiva, as tramas e o jogo de interesses que agridem o mais elementar do princípio desportivo – o respeito aos clubes.
Competência
O Vasco, se tivesse um mínimo de competência em seu corpo jurídico, teria buscado amparo nos tribunais. Não pelos pontos que a partida põe em disputa, mas pela decência e pelo respeito. Pena que os dirigentes vascaínos só mostram esmero na esfera judicial quando o tema diz respeito ao ocupar o poder no clube. Nesta causa eles não poupam seus valores...