De saída...
O meia Everton Ribeiro, de 31 anos, está decidido a voltar para o futebol dos Emirados Árabes. E já teria até aceitado a proposta do Al Nasr, que o quer por um contrato de três anos. A informação corre nos bastidores do Flamengo, mas não é oficial.
Carlos Eduardo Batista, empresário do jogador, não fala sobre o tema e Marcos Braz, vice de futebol, avisa que o clube não foi procurado. Uma coisa é certa: a janela de inscrição de novos jogadores nos Emirados fecha no dia 1 (segunda-feira).
Se o clube árabe pagar os U$ 7 milhões que o Flamengo investiu para tirar o jogador do Al Ahli, em 2017, o jogador estará fazendo nesta quinta-feira, contra o Grêmio, o seu último jogo com a camisa rubro-negra.
No câmbio da época, a conversão gerou um gasto de R$ 22 milhões. Hoje, o mesmo montante da moeda americana reembolsaria o clube carioca e ainda deixaria nos cofres um lucro de R$ 15 milhões. Financeiramente, um ótimo negócio.
Tipo raro
Acontece que embora a torcida olhe de soslaio para o camisa 7 por causa de suas últimas atuações, de fato apagadas se comparadas aos melhores dias, Everton Ribeiro é de um tipo raro na prateleira do futebol brasileiro.
É o típico meia-atacante que “acerta time”, em função de múltiplas valências: velocidade, habilidade, criatividade, leitura de jogo e presença na área.
Versátil, dá opções para diferentes desenhos táticos, e gera mais soluções para o time do que problemas para o técnico.
Ainda que não haja tempo hábil para a conclusão do negócio antes do fechamento da janela de verão, o mercado nos Emirados reabre em maio, ao final da temporada que se encerra em abril.
Ou seja: se Everton Ribeiro retornar para Dubai, agora ou mais à frente, o Flamengo terá de ir ao mercado em busca de soluções que não se mostram tão aparentes.
Primeiro, pela escassez de ordem técnica. Depois, pela nova realidade financeira dos clubes com o fechamento dos estádios.
Venda
Ontem, por exemplo, o Flamengo vendeu o atacante Yuri César, de 20 anos, ao Shabab Al Ahli, outro dos Emirados. Embolsou US$ 6 milhões (R$ 32 milhões) e ainda conseguiu reter 30% dos direitos econômicos em caso de uma futura revenda.
O jogador estava cedido ao Fortaleza, que também levará U$ 300 mil como taxa de vitrine. Como se vê, os clubes precisarão por dinheiro em caixa.
Ponto precioso
O Vasco conseguiu o que esperava: não perder para o Palmeiras fora de casa. Agora faz um novo confronto direto com o Bahia, em casa...