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Claudia Matarazzo

Claudia Matarazzo

Colunista

Claudia Matarazzo

De meditação a sexo nas lives

| 23/07/2020, 08:03 08:03 h | Atualizado em 23/07/2020, 08:05

Você entraria em uma web suruba? Pagaria para entrar? Confiaria no anonimato da organização?

Se ficou perplexo com a possibilidade, saiba que não está sozinho. Mas não apenas as web surubas parecem ser perfeitamente afinadas a um público significativo, como vieram para ficar, assim como outras modalidades ao vivo em lives e reuniões virtuais.

Se há um segmento/mercado que floresceu durante a pandemia, o das comunicações virtuais é um deles.

As lives, que existiam discretas e segmentadas se democratizaram para valer: todos podem ser anfitriões, entrevistar quem quiser e, principalmente, apresentar seus talentos, projetos e conteúdo a um público que, em tese, é ilimitado.

Cardápio virtual – Podem ser encontros musicais; culinários; zen, com meditação passo a passo; médico-científicos; eróticos; intelectualizados, de humor.

Além do Instagram – Rapidamente, outros formatos se popularizaram: temos Zoom, Facebook, etc. Vale tudo, desde que a conexão esteja boa e o anfitrião não perca o timing.

Sim, pois, tão fácil quanto entrar em uma live, é sair dela! Tá chato? Procura outra. É como zapear canal no controle de TV.

Ao vivo e de graça – No início, eram todas gratuitas, mas, aos poucos, os artistas, abandonados pela Secretaria da Cultura e nunca prestigiados por este governo, começaram a se organizar.

Os grandes nomes não tiveram dificuldade em encontrar apoio e patrocínio, mas a maioria dos artistas – de circo, pequenos teatros e clubes noturnos –, os talentos anônimos que tecem a trama da alegria em nosso dia a dia, continuam a sofrer com a falta de bilheteria.

Chapeuzinho Virtual – É a bilheteria virtual das lives que permite ao público pagar pelo que assiste.Quem gostou, paga. Alguns artistas já colocam o sistema de pagamento em link com seu perfil para que o espectador possa remunerá-lo, nem que seja com um valor de gorjeta.

As vantagens – Em uma live, podem entrar mais pessoas do que em alguns teatros (em média, com 100 a 200 lugares). Então, a bilheteria, dependendo da apreciação do público, pode ser consistente.
Muitos performers arrecadam, pelo menos, 50% do que ganhavam antes. Ainda é pouco, mas melhor do que esperar algum programa social que, se vier, será como esmola.

Vários pontos positivos – O alcance mais democrático, o conteúdo variado, a distração e o divertimento são grandes vantagens dessa profusão de encontros, mas, de verdade, o que me encanta é perceber que, aos poucos, o público se organiza para prestigiar seus artistas – sejam quem forem.

Cada um procura e valoriza seus preferidos e há uma natural organização por parte da sociedade em um movimento solidário jamais visto!

Pagam sim, e por que não? – É lindo ver que contribuem como podem, mostrando que o alimento da alma é tão ou mais importante que o das prateleiras de supermercados.

É a arte, em suas múltiplas formas, mais do que nunca rompendo fronteiras, alcançando corações e conquistando seu espaço – magnífico e imortal –, apesar da boçalidade reinante.
 

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